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Scot Consultoria

O tamanho da riqueza brasileira


Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008 - 15h07

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O Banco Central brasileiro estimou que o Produto Interno Brasileiro (PIB) está atualmente na casa dos 1,3 trilhão de dólares. Essa é a capacidade de geração de riqueza do país. Esse resultado é 160% maior do que o PIB apurado em 2002. Valorização do real frente ao dólar pode ser apontado como um dos principais fatores deste aumento expressivo. Por esse prisma cria-se uma falsa avaliação no dimensionamento do crescimento. Mesmo levando em conta essa "mágica" dos números via taxa de câmbio, é possível avaliar o "lado cheio do copo". Por exemplo, a dívida externa bruta caiu 43,3% no período. Outros indicadores ficaram favoráveis quando comparados a esse tamanho do PIB, como por exemplo a relação dívida interna/PIB, o que gera uma nova perspectiva futura para a economia nacional. Há, ao meu ver, um excesso de conservadorismo por parte do governo no que se refere a condução das políticas monetária e fiscal, entretanto não podemos deixar de considerar que o Brasil está hoje muito mais preparado do que esteve nesses últimos anos. Mesmo entendendo que isso deu muito mais por fatores externos favoráveis, como o forte crescimento econômico do resto do mundo, do que por mérito interno, é inegável que podemos construir um caminho seguro. É possível construir uma relação de confiança que permita abandonar definitivamente a visão de curto prazo, alicerçada em ganhos fáceis e na cultura inflacionária, levando a consolidação definitiva de uma visão de longo prazo, com níveis de controles da economia proporcionalmente a esse horizonte. Paralelamente a esse bom momento da economia nacional deve-se incentivar o investimento produtivo, induzido pelo setor público e com participação do setor privado, para que forma efetiva esse crescimento possa ser sustentado. Um PIB de US$ 1,3 trilhão não pode ser desprezado, mesmo considerando que proporcionalmente a população brasileira está aquém do desejável. Números a parte, passou da hora de acertarmos a mão e deixarmos de ser um país do futuro.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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