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Scot Consultoria

O governo não precisa da CPMF


Sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 - 11h31

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Os números divulgados pelo governo referente à arrecadação tributária do ano passado apontam para um crescimento real de 11%. Crescimento real quer dizer já descontada a inflação no período. A combinação de crescimento econômico, melhoria do emprego formal, ataque a sonegação e recebimento de inadimplentes, possibilitou que o governo atingisse um nível de arrecadação na ordem de R$ 615 bilhões a preços correntes. Se o governo não tivesse a CPMF em 2007 teria aumentado a arrecadação na ordem de R$ 25 bilhões. Qual a conclusão que chegamos? É que na prática o governo, para os níveis atuais de custeio e investimentos, não precisa da CPMF. Podemos afirmar que contas públicas se assemelham a um saco sem fundo, pois quanto mais se arrecada, mais se gasta. Neste particular o que a sociedade espera é uma melhoria significativa na qualidade dos gastos. Quem gasta de maneira errada, gasta duas vezes. O país vem observando crescimento econômico na casa dos 5% ao ano. E lamentavelmente o setor público tem sido muito moroso no combate aos chamados “gargalos” existentes no país. Por exemplo: volta a baila a questão energética. Continuamos dependendo dos fatores climáticos. Se São Pedro não ajudar teremos a volta do apagão. Isso sem contar os investimentos em infraestrutura como um todo. O Programa de Aceleração do Crescimento ainda não deslanchou, e mesmo demonstrando que sabe o diagnóstico, o setor público, por carecer de bons gestores, não consegue implementar ações na velocidade que a sociedade deseja. Mesmo considerando todos esses aspectos, uma coisa fica evidente, em termos de arrecadação o governo está atingindo excelência. Quem sabe os demais setores do governo possam aprender com esses agentes públicos.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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