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Scot Consultoria

Décimo terceiro: adiantar ou não?


Sexta-feira, 6 de julho de 2007 - 13h18

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


As instituições financeiras, muito criativas por sinal, aproveitam certos eventos do calendário e lançam produtos para atrair seu público consumidor. A modalidade de adiantamento de décimo terceiro não é nova, mas faz parte dessa criatividade dos bancos. Considerando que entramos no segundo semestre e normalmente esse salário complementar é pago entre novembro e dezembro, já começou a disputa pelos correntistas. Afinal uso ou não essa linha de crédito? Primeiramente analise a taxa de juros da operação. Realizando uma sondagem juntos aos bancos constatou-se que as taxas variam de 3,3% a 4,7% ao mês. Aqui o primeiro alerta: esses juros são pagos antecipadamente, portanto, não as compare diretamente as taxas de outras modalidades que são cobradas ao final do empréstimo. Por exemplo, uma taxa de 4% ao mês antecipada, equivale a 4,17% ao mês para pagamento ao final do empréstimo (divida 4% pela diferença de 100% e 4%, no caso, 96%). Segundo alerta: verifique as tarifas bancárias. Há a tarifa de abertura de crédito cujo valor varia de banco para banco. Haverá ainda a incidência de IOF (imposto sobre operações financeiras). Esgotadas todas essas análises recomenda-se o empréstimo para substituir dívidas com custo financeiro mais elevado, como são os casos do cheque especial e cartão de crédito. Se essas modalidades tiverem atualmente um custo maior do que 4% a 5% ao mês, faça o adiantamento e cubra as dívidas. Neste caso planeje o orçamento familiar para não usar novamente os limites disponíveis. Se for somente para consumo ou outra finalidade que não seja se livrar de dívidas caras, não caia na tentação de adiantar o décimo terceiro. Lembre-se: o crédito é bom e ruim. Bom porque ajuda no sufoco ruim porque acomoda as pessoas. Prudência é o indicativo na busca por empréstimos bancários.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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