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Câmbio: transformar ameaças em oportunidades


Sexta-feira, 18 de maio de 2007 - 16h49

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O indicativo em relação ao preço da moeda norte-americana é que não ultrapassará ao longo deste ano os R$ 2,00. Alguns cenários apontam, no curto prazo, para um piso de R$ 1,80, para em seguida voltar a se aproximar de R$ 2,00. Se isso é verdadeiro, partindo do princípio que intervenções no mercado do câmbio por parte da autoridade monetária pouco ou nenhum efeito trará, chegou à hora de mudar o rumo da discussão. Um país que consegue inflação abaixo de 4% ao ano; que tem a melhora de classificação de risco, a um passo de ser classificado no nível de investimento; que, dada à nova metodologia do cálculo do Produto Interno Bruto melhorou sua relação dívida/PIB; que possui uma democracia consolidada; enfim que demonstra possuir “robustez” econômica tem que aproveitar esse momento para avançar. Se para os exportadores, notadamente os de setores mais competitivos, é impraticável um câmbio abaixo de R$ 2,00, afloram as deficiências internas. De um lado é preciso investir em produtividade. Muitas empresas já o fazem. De outro lado é setor público que precisa mudar. O chamado custo Brasil, fruto da ineficiência interna, retira por completo a competitividade internacional. Carga tributária elevada, juros nas alturas, excesso de burocracia, leis trabalhistas ultrapassadas, sistema político ineficiente, são alguns exemplos dos pontos a atacar. Isso sem falar da necessária “revolução” educacional. Em resumo: se o câmbio nos patamares atuais pode representar ameaças, há por outro lado inúmeras oportunidades, que permitiriam, finalmente, sustentar nosso crescimento. A sociedade tem que exigir mudanças estruturais, já.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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