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Scot Consultoria

O Copom é cansativo


Sexta-feira, 20 de abril de 2007 - 10h19

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Mais uma vez a decisão do Comitê de Política Monetária - Copom , ficou dentro do esperado: reduziu em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros. Na prática, o Copom está se tornando cansativo. O que mais a economia nacional precisa sinalizar para que as autoridades monetárias se rendam ao fato que não é necessário manter uma taxa de juros básica no patamar atual? Tenho dúvidas se temos dois governos ou dois discursos, afinal o Presidente não cansa de alardear que "nunca" se obteve tão bons resultados na economia? Considerando que a meta de inflação será cumprida; considerando que o crescimento econômico foi revisto para cima; considerando que as principais variáveis em relação ao PIB melhoraram; que o risco país despencou; considerando que duas importantes variáveis, como a taxa de câmbio e os investimentos produtivos, precisam ser potencializados, e a queda nos juros permitiriam essa potencialização, não é possível aceitar esse previsível comportamento conservador do Banco Central. É evidente que não desejamos amadorismo na condução da política monetária, mas está na hora de enquadrar a economia nacional: não adianta conseguir indicadores de primeiro mundo e continuar a oferecer prêmio por um risco de terceiro mundo. O único alento da última reunião do Copom foi à falta de unanimidade dos membros daquele Comitê. Com um placar que teve 4 pareceres pela redução de 0,25 p.p. e 3 pela redução de 0,5 p.p. podemos entender que há ao menos uma sinalização de mudança de postura. Resumo da decisão do Copom: nos afogávamos a 4 metros de profundidade e agora estamos a 3,5 metros, portanto, nos afagando do mesmo jeito.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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