• Sábado, 27 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

O baixo crescimento industrial


Segunda-feira, 11 de dezembro de 2006 - 10h14

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Os números divulgados pelo IBGE referente ao desempenho industrial só confirma o que o mercado já sabia: a economia brasileira está amarrada. Câmbio desfavorável às exportações, juros elevados e carga tributária excessiva, podem ser apontados como os principais fatores que inibem o crescimento mais acentuado da economia nacional. Com o baixo crescimento do Produto Interno Bruto no terceiro trimestre e os números conhecidos de outubro, é possível apontar para um crescimento quase que insignificante de 3% para este ano se comparado ao ano passado. Baixo crescimento é sinônimo de baixa geração de riqueza, consequentemente baixos níveis de emprego e renda, adiando a melhoria da qualidade de vida. Prejudica inclusive a ampliação dos projetos sociais, carro-chefe, ao menos em termos de visibilidade, do atual governo. Está mais que demonstrado que criar condições para a economia crescer vai além do discurso e da vontade política: são necessárias ações concretas. As perguntas que querem calar: haverá desoneração fiscal? A Lei Geral das micro e pequenas empresas poderia atenuar esta questão, mas ficou para o segundo semestre de 2.007; haverá redução dos juros básicos? A sinalização do Banco Central é que continuará gradativa e o que é pior, não se vê disposição alguma do sistema bancário em trabalhar com juros aceitáveis; haverá mudança cambial? Com um Banco Central inerte dificilmente haverá indução da desvalorização do real frente ao dólar. Resumo: 2006 crescimento na casa de 3% e 2007 não ultrapassando 4%. E o discurso de crescimento? Serviu para reeleição, somente para isso, infelizmente.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é delegado do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja