Será preciso mexer no câmbio

O Brasil ampliou suas exportações, contudo ficou abaixo dos países considerados emergentes, que estão no estágio econômico de nosso país. Até setembro deste ano o Brasil cresceu 16% nas exportações se comparado a igual período do ano passado, enquanto o Chile cresceu 47,5%, a Venezuela 35,5%, o México 19,9%, sendo que a média da América do Sul foi de 26,6%. O Brasil ocupa a posição número 23 no ranking dos países exportadores, e movimenta pífio 1,1% do comércio internacional. As importações cresceram 5% isto porque a renda nacional é baixa, caso contrário, com o câmbio descalibrado o resultado poderia ser pior. O Brasil optou pelo câmbio flutuante, isto é, um câmbio que segue a oferta e demanda pela moeda estrangeira. Como o país observa maior entrada de dólares do que saída, aumenta a oferta e, sem aumento de demanda, a cotação cai. Centenas de empresas brasileiras deixaram de ser exportadores. O que mais chama a atenção é que as exportações brasileiras estão nas mãos de cerca de 800 empresas, que concentram 85% do volume enviado para fora do país. Só para citar um parâmetro, estimativas apontam que deveríamos ter algo na ordem de 100 mil empresas exportadoras, para fazer jus ao tamanho e potencial do Brasil. Elevar a cotação do dólar sem provocar inflação será um dos grandes desafios para o próximo ano.

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Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é delegado do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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