Quinta-feira, 9 de maio de 2024

Preços: montanha russa ao contrário

por Reinaldo Cafeo

Quarta-feira, 2 de agosto de 2006 - 21h42

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Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.

Depois de vários meses consecutivos os preços voltam a apresentar elevação. Nada que preocupe, mas é importante apertar o sinal de alerta. Os preços não caem infinitamente. Como ocorreu deflação (inflação negativa) é previsível aumento nos preços. Lembrando que a inflação é medida sobre o último preço, portanto, em determinado momento não há mais espaço para queda. Outro fator que pode indicar elevação de preços é à disposição de os empresários em recuperar margem de lucro. A recente pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas aponta que o setor industrial no Brasil está operando com 85% de sua capacidade instalada, e que, praticamente 40% dos industriais pesquisados, esperam a reação do mercado para elevar preços. O alerta neste momento se justifica pelo fato que no Brasil os preços se comportam como uma montanha russa ao contrário: sobem rapidamente e caem muito lentamente. Em um mercado que poucas grandes empresas dominam os principais setores econômicos todo cuidado é pouco.
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