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Scot Consultoria

População: elevada dependência do sistema bancário


Quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006 - 12h35

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Ao longo dos anos o banco passou a ser essencial na vida das pessoas. É praticamente impossível viver sem ter um relacionamento, por menor que seja, com o sistema bancário. Isso gera um contato estreito banco/cliente, cuja premissa não segue a regra básica da convivência fornecedor/cliente. Diferentemente de outros setores, a mobilidade do consumidor é limitada. Não é possível, dados o custo e a burocracia, ficar mudando de banco a todo o momento. Em outros setores da atividade econômica isso é mais flexível. Essa "fidelização" forçada acaba gerando uma imperfeição no mercado. Os bancos passam a cobrar tarifas abusivas, além de nortear seu relacionamento com os clientes num jogo de reciprocidade sem fim. Além desses aspectos os bancos disponibilizam os melhores negócios aos cliente que possuem maior patrimônio. O mercado costuma dizer que o “banco empresta dinheiro para quem não precisa de dinheiro”. Há sem dúvida alguma uma postura conservadora em muitas instituições. O Banco Central, responsável por zelar pelo sistema, se limita a divulgar as diferenças de preços das tarifas praticados pelos bancos sem ter uma atuação firme, acabando ou diminuindo com essa relação desproporcional e por vezes abusiva. Se não conseguimos nos libertar da dependência dos bancos, que ao menos possamos ter maior mobilidade que evite os abusos. Mesmo com avanços na relação jurídica fornecedor/consumidor, a sociedade ainda não tem um ponto de apoio para evitar a prática abusiva no relacionamento banco/cliente.
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