• Segunda-feira, 29 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Distribuir renda é mais que desejo


Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006 - 19h25

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Que a má distribuição da renda no Brasil é crônica e que tem como conseqüência o agravamento das desigualdades sociais não é novidade. Em verdade nos parece que alterar esse estado de coisas fica somente no desejo. Vale a pena lembrar que as metas de política macroeconômica prevêem um equacionamento da má distribuição de renda. Se analisarmos a história econômica do Brasil verificaremos que sempre foram estabelecidas metas nesse sentido, mas pouca coisa fizemos. Foram, na prática, lampejos de políticas que aplicadas de forma equivocada e oportunistas, resultaram em nada. Mesmo as “bolsas” oferecidas pelo governo federal, por terem caráter assistencialista não atendem as demandas sociais. A eliminação das desigualdades sociais vai muito além do desejo, tem que ter prática efetiva. Enquanto formos incapazes de superar as limitações impostas no curto prazo, as quais indicam políticas austeras de controle da inflação, e tão somente isso, dificilmente trilharemos um caminho que garanta a inserção social ao grosso da população. Ou fazemos uma revolução na base, investindo fortemente na educação, com reformas estruturais permanentes, ou lamentaremos constantemente o limitado avanço nas questões sociais. Enquanto isso os ricos tornam-se mais ricos e os pobres, tornam-se miseráveis. Precisamos de no mínimo mais seriedade nesta questão. Se desejar mudar é pouco, que ao menos sirva de alerta.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja