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Scot Consultoria

Não tenha medo de perder o limite do cheque especial


Terça-feira, 11 de outubro de 2005 - 16h28

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


O juro médio para as pessoas físicas está na casa dos 8% ao mês. O cheque especial pratica uma taxa média de 9,5% ao mês. O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) situa-se na casa de 4% ao mês; o empréstimo pessoal em 4,5%; o cartão de crédito em 10,5% ao mês; os juros de financeiras em 11% ao mês e o financiamento de compras no crediário está em 7%, também ao mês. Se você está NO LIMITE em relação aos recursos disponíveis, muito cuidado com a armadilha dos juros altos. Faça uma rápida análise das taxas acima mencionadas. A menor taxa é de 4% a.m. e a maior 11% a.m.. Sua renda sofre reajuste nessa proporção? Evidentemente que não. Mesmo o crédito consignado, que varia entre 1,75% e 3,3% ao mês são muito superiores a recomposição de sua renda. Isso quer dizer que, se o consumo do bem não for fundamental, portanto adiável, não compre. Resista à tentação. Não olhe somente o valor da parcela e sim os juros embutidos no financiamento. Ainda analisando os números acima, fica muito claro que insistir no cheque especial é suicídio. Juros médios de 9,5% ao mês são impagáveis. O melhor a fazer, considerando que você está no limite do cheque especial, é trocar de modalidade. Vá para o empréstimo pessoal ou, dependendo do banco, ao CDC (alguns oferecem essa modalidade independente da compra do bem). Estamos falando em trocar uma dívida que custa 9,5% ao mês, por outra que pode chegar a 4% ao mês. Menos da metade. Ou ainda para o crédito consignado. Maior economia. Um parcelamento do limite do cheque especial lhe dará uma parcela mensal (principal + encargos) inferior ou muito próxima ao valor dos juros pagos do cheque especial. É questão de negociação com o banco. Cuidado com o raciocínio sem muito sentido de alguns, que alegam que, ao renegociar a dívida, ficarão sem limite para emergências. A pergunta é: que limite? Se ele está todo tomado, não há mais limite. Seja disciplinado e, sendo necessário, mude de modalidade. Para quem está no limite, pagar esses juros exagerados é dar um tiro no próprio. Saia dessa! Reinaldo Cafeo - 43 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é delegado do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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