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Aceiro químico versus manual: Análise das questões técnicas e econômicas


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Sexta-feira, 5 de janeiro de 2007 - 19h29


  • De maneira geral, os aceiros são faixas onde a vegetação é completamente eliminada da superfície do solo. Geralmente estão localizados ao longo de cercas, divisas, florestas e áreas de cultivo, tendo como objetivos: - Prevenir a propagação do fogo (incêndios indesejáveis); - Evitar que animais “forcem” a cerca, causando o afrouxamento de mourões; - Impedir o aterramento em sistemas de cerca elétrica; - Isolar áreas de produção (agricultura x pecuária).
  • Do ponto de vista técnico, os aceiros devem ser realizados a uma distância de 1 metro de cada lado da cerca (2 m de faixa). Dois métodos podem ser utilizados para este fim: o manual e o químico. ACEIRO MANUAL
  • O método manual implica no uso de ferramentas agrícolas, como enxada e enxadão. De fácil adoção, é utilizada em todas as propriedades rurais. No entanto, o aceiro manual apresenta custo elevado, devido à quantidade demandada de mão-de-obra, por apresentar baixo rendimento e pela necessidade de manutenção freqüente.
  • Para exemplificar, um trabalhador carpe, em média, 200 metros de aceiro por dia (400 m2), a um custo de R$20,00/dia. Sendo assim, o custo de um quilometro de aceiro ( 2 mil m2) seria de R$75,00. E, sem considerar descanso semanal, férias e décimo terceiro salário. ACEIRO QUÍMICO
  • Já a prática do aceiro químico, com a utilização de herbicidas, apresenta algumas especificidades. Requer o acompanhamento de um técnico de confiança para orientar nas dosagens, épocas, métodos e cuidados a serem tomados na aplicação do defensivo, como também no armazenamento e no descarte das embalagens usadas.
  • De toda forma, esta tecnologia tem sido amplamente utilizada em todo território nacional e apresenta diversas vantagens, como: - Controle eficiente das plantas; - Elevado rendimento por área; - Maior intervalo de controle e baixo custo de aplicação.
  • Os herbicidas comumente utilizados para aceiro químico carregam os seguintes princípios ativos: Paraquat (5 a 11 litros/ha), Glifosate (2 a 4 l/ha) e MSMA (8 a 10 l/ha). Vale lembrar, que os critérios técnicos devem ser rigorosamente obedecidos. A dosagem errada e equipamentos mal dimensionados, a escolha inadequada do momento da aplicação, das condições da planta (estádio de desenvolvimento) e condições ambientais impróprias podem diminuir a eficiência de controle dos produtos. Também é importante salientar que a opção por uma marca ou produto comercial é a critério do pecuarista ou técnico responsável.
  • Podemos considerar que para uma área de 1 hectare, a recomendação do princípio ativo Glifosate seria de 2 a 4 litros, a um custo de R$8,00/litro. Supondo que a dose utilizada seja de 4 litros/ha e o rendimento de um trabalhador é de 2.000 m2 de aceiro/dia (1.000 metros de cerca x 2 m largura), deveremos então utilizar 0,80 litros (800 ml) de Glifosate e a um custo de R$6,4. Se somarmos este valor a uma diária do aplicador de R$20,00 teremos, então, um custo total de R$26,40.
  • O custo para cada quilômetro de aceiro manual (enxada) é 2,84 vezes maior que do aceiro químico (herbicida).
  • Caso o pecuarista faça opção pelo aceiro químico, este processo deverá ser antecipadamente planejado e ter sua implantação monitorada por um técnico.

    rogério m. coan é zootecnista, doutor em produção animal, diretor da coan consultoria e coordenador da divisão técnica da scot consultoria rogerio@scotconsultoria.com.br felipe do amaral gurgel é graduando em zootecnia pela unesp/botucatu e colaborador da coan consultoria
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