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Preço da carne vermelha tem leve queda, mas continua salgado


Sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011 - 09h58

O preço da carne bovina continua "salgado", como verificado desde o final do ano passado. Mas, de acordo com os comerciantes, em relação a dezembro já houve uma baixa nos valores das peças mais nobres. O dono de um açougue localizado na Praia do Suá, em Vitória, Francisco Lagassa, conta que já pode repassar aos clientes carnes de primeira com preços mais em conta. Enquanto no último mês de 2010 a picanha e o filé-mignon eram vendidos por cerca de R$ 40 o quilo, agora já estão saindo por cerca de R$ 30. Esses valores, no entanto, ainda estão acima dos praticados antes de outubro do ano passado. De acordo com o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Helio Schneider, na época o quilo deste tipo de carne poderia ser encontrado por R$ 20. Ele afirma que não há perspectiva de quando os preços vão baixar. “Vai continuar (com preços altos), acho que vamos ter problemas no futuro. Nós estamos em plena safra e o mercado está aquecido. Nos meses de junho e julho começa a entressafra. É uma situação natural de diminuição das pastagens, então acho que as perspectivas para baixar o preço da carne são muito remotas, o que é preocupante". O aposentado Joaquim Constantino não abre mão da carne de boi Entre os motivos da alta no preço da carne bovina estão as condições climáticas das regiões de criação, que passaram por períodos de seca no ano passado, a grande procura pelo produto nos mercados interno e externo e o aumento da carga tributária. Enquanto isso, clientes e comerciantes estão descontentes. A gerente de um açougue da Vila Rubim, na Capital, Marlene Elias de Oliveira, conta que ouve muitas reclamações. "Os clientes têm reclamado muito. As vendas caíram. Quem comprava dois quilos compra apenas um, quem comprava todo dia, vem duas vezes por semana. A gente gostaria que o preço baixasse, o que é difícil". Mas, mesmo com o preço alto, o aposentado Joaquim Ferreira Constantino diz que não abre mão da carne de boi. "Eu sempre compro. Minha mulher não aceita outra carne. E eu não gosto de frango, não troco a carne vermelha por isso". No último dia 10, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) já havia anunciado que o cenário mundial não oferece espaço para queda nos preços da carne bovina para o consumidor final, e que o brasileiro terá de optar, gradativamente, por frango, peixe ou carne de porco. Fonte: A Gazeta. Por Letícia Gonçalves. 17 de fevereiro de 2011.
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