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Scot Consultoria

Novas altas ao produtor e no atacado de SP


Segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011 - 09h55

No que depender do comportamento dos preços no campo brasileiro, é de se esperar que a pressão dos alimentos sobre os índices inflacionários domésticos perdure por mais alguns meses. “Vilão da inflação” desde meados do ano passado no país, o grupo segue em alta sustentado por influências internacionais e demanda interna firme. O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários de São Paulo pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), subiu 1,55% em janeiro, segundo levantamento divulgado ontem. Foi a 6ª variação positiva mensal consecutiva do indicador, termômetro importante nessa frente por ser São Paulo o maior Estado consumidor do país. Com mais esse salto, o IqPR passou a acumular alta de 53,44% nos últimos 12 meses, segundo o IEA. O tom altista de janeiro foi conferido pelo grupo formado por 14 produtos de origem vegetal. O grupo subiu, na média ponderada, 3,51% no mês passado, puxado pelos saltos do tomate para mesa (49,96%), do café (11,46%) e da laranja para mesa (9,28%). Já o grupo composto por seis itens de origem animal caiu 3,32% no mês, pressionado, sobretudo pelas quedas das carnes suína (9,99%) e de frango (4,48%). Nos últimos 12 meses, apenas dois dos 20 produtos pesquisados pelo IEA (arroz e batata) apresentam quedas dos preços pagos aos produtores. Todos os demais registraram valorizações, com destaque para laranja para mesa (123,5%), tomate para mesa (74,36%), banana nanica (63,88%), café (55,79%) e milho (51,27%). Mas, conforme análise divulgada pelo IEA, a curva ascendente pode estar perto do limite. “Para muitos produtos a conjuntura de janeiro de 2011 mostra a formação de expectativas que indicam quedas de preços, iniciando o processo de reversão das altas de 2010, em função da entrada da safra de produtos vegetais em curso e da maior oferta de produtos animais (carnes, ovos e leite) que reduziu todos os preços das proteínas animais no último mês de janeiro”. Confirmadas as expectativas de contenção do movimento no campo, a tendência natural é que a pressão dos alimentos no atacado e no varejo diminua. Em janeiro, o Índice Ceagesp, que mede o comportamento de uma cesta de mais de 100 frutas, verduras e legumes, entre outros, e que serve de referência para os preços no atacado paulista, subiu 4,45% e passou acumular variação positiva de 2,05% em 12 meses. E no Índice de Preços ao Consumidor do Município de São Paulo (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que subiu 1,15% no mês passado, a variação positiva do grupo alimentos foi de 0,73%. Fonte: Valor Econômico. Por Fernando Lopes. 4 de fevereiro de 2011.
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