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Com aftosa na Coréia do Sul, Brasil busca romper resistência à carne suína nacional


Sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 - 10h00

A Coréia do Sul era um país livre do vírus da febre aftosa, doença que afeta principalmente o gado bovino, ovino, suíno e caprino, até que o primeiro caso da doença surgiu no final de novembro do ano passado. Desde então, o número de casos aumentou e o governo tem enfrentado dificuldades para frear o rápido contágio: 118 animais já foram infectados, segundo informativo divulgado nesta quinta-feira (13/01). O surto – considerado o pior da história do país – provocou a suspensão da exportação da carne sul-coreana e está fazendo com que mais carnes bovina e suína estrangeiras sejam compradas. O Brasil, entretanto, não consegue aproveitar o aumento da demanda por não ter acordo sanitário com Seul. A Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína) informou que esse acordo entre os dois países ainda está em trâmite e garantiu que está fazendo esforços para que a situação mude. “Não se trata de (os métodos de controle usados pelo Brasil) não serem seguros. O governo sul-coreano está avaliando e solicitou informações adicionais. O Ministério da Agricultura do Brasil deverá atender às demandas e a Coréia verá que são seguros. Na seqüência, deve ocorrer uma nova missão sul-coreana para visitar as fábricas brasileiras”, disse o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, ao Opera Mundi. O ministério explicou que o acordo sanitário está em trâmite, mas a Coréia do Sul não reconhece o critério de regionalização brasileiro de status da febre aftosa. Ou seja, o Brasil possui para cada estado uma classificação distinta: livre da doença (com e sem vacinação), contaminados e em estudo. Em 2007, Santa Catarina foi reconhecido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) como zona livre de febre aftosa sem vacinação, o único do país. Foi em 2000 quando os catarinenses vacinaram pela última vez o rebanho. Por isso, o único estado brasileiro que poderia vir a vender para a Coréia seria o do sul. A Coréia do Sul precisa aprovar todas as normas sanitárias empregadas no Brasil com um processo de visitas aos locais, o que pode gerar exigências específicas, segundo o ministério. Mercado da carne Além da Coréia do Sul, Japão, Índia, África do Sul, China, União Europeia e as Filipinas impõem restrições à carne suína brasileira. Em 2010, O Brasil exportou 540,4 mil toneladas de carne suína. Segundo a Abipecs, a Rússia foi o principal mercado para em 2010, com a importação de 233,9 mil toneladas ou 43,30% do total. O segundo maior importador foi Hong Kong, com 99,7 mil toneladas ou 18,46% do total. Entre janeiro e novembro de 2010, a Coréia do Sul importou 222,9 mil toneladas de carne bovina e 160,1 mil toneladas de carne suína. Os principais fornecedores são os Estados Unidos, depois a Austrália e Canadá. Quanto à carne bovina, não há barreiras sul-coreana. O Brasil consegue exportar para a Coréia do Sul, quinto maior importador do mundo. Aftosa na Coréia Segundo dados oficiais da Coréia do Sul, entre um total de três milhões de cabeças, 1,3 milhão já foram abatidos, a maioria deles porcos, bois e vacas e as estimativas oficiais prevêem que o prejuízo causado pelo surto seja superior a um bilhão de dólares. Os matadouros sul-coreanos não pararam de funcionar, mas estão apenas abastecendo o mercado interno. Ontem, após uma reunião de emergência, o governo proibiu o funcionamento de mercados que vendem frangos, porcos e patos vivos por 15 dias. O Ministério da Agricultura e Pecuária está tentando vacinar todos os bois, vacas e porcos do país. Fonte. Opera Mundi. 13 de janeiro de 2011
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