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Estudo monitora contaminação no algodão


Terça-feira, 11 de janeiro de 2011 - 10h04

Um estudo apresentado por uma universidade dos EUA diz ter encontrado a razão para as contaminações de lavouras convencionais de algodão por organismos geneticamente modificados. E a culpa, diz o trabalho, é do homem. Para a pesquisadora Shannon Heuberger e seus colegas da Universidade do Arizona, falhas na produção de sementes e o seu manuseio incorreto estão mais associados às contaminações de lavouras de algodão que a transferência de pólen por abelhas. A pesquisa foi baseada no monitoramento do fluxo genético de 15 lavouras de algodão Bt (Bacillus thuringiensis) no Arizona. Os estudiosos constataram que menos de 1% das sementes produzidas por algodoeiros convencionais foram contaminados por pólen carregado por abelhas a uma distância de 10 metros. Ao mesmo tempo, a separação mal feita das sementes e o uso indiscriminado de máquinas para diferentes tipos de variedades resultaram em sacas de sementes não transgênicas contendo até 20% de material modificado. Segundo os pesquisadores, essa constatação pode minimizar o fluxo genético através de um cuidado maior durante o processo de plantação e do escaneamento da semente antes de plantá-la. São processos mais fáceis que desenhar estratégias para reduzir a polinização das abelhas, já que é bem mais complexo prever o comportamento desses insetos. O algodão, tal como a soja, não é suscetível à polinização cruzada - é uma planta que se autofecunda. Por esse motivo, é raro detectar a contaminação de lavouras convencionais por transgênicas por insetos. Já o milho tem polinização cruzada, entre plantas distintas, o que torna o risco de contaminação muito maior e coloca o cereal no topo da polêmica sobre o assunto. No Brasil, onde a separação de máquinas e silos não ocorre como deveria, os casos de contaminação do milho convencional são comuns. Segundo Jairon do Nascimento, secretário-executivo da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), não existem registros científicos de contaminação da fibra no país - só contaminações adventícias, admitidas por serem inexpressíveis. “São percentuais aceitáveis de 0,5%”. Nascimento explica que as lavouras convencionais e transgênicas não necessitam de zonas de amortecimento - separação física mínima - e há apenas restrições de plantação na Amazônia, Pantanal e partes do Nordeste. Fonte. Valor Econômico. Por Bettina Barros. 10 de janeiro de 2011.
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