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Sudão aposta na parceria com o Brasil para desenvolver agronegócio


Quinta-feira, 30 de dezembro de 2010 - 08h59

Até o fim de semana deve terminar a colheita dos primeiros hectares de algodão adensado plantados pelo produtor Gilson Pinesso, no Sudão. Uma equipe do Canal Rural cobriu, com exclusividade, o início da colheita que está sendo feita manualmente. No país africano, a guerra é coisa do passado. Agora, o Sudão procura a estabilidade financeira e uma das apostas é a parceria com o Brasil no agronegócio. Tecnologia e produtividade são as palavras do momento no Sudão. O maior país africano, localizado no norte na fronteira com o Egito, tem uma população de 40 milhões de habitantes. Um povo marcado por duas guerras civis, que juntas duraram 40 anos, agora vê a chance de um futuro melhor baseado no agronegócio. O país que possui muitas terras improdutivas está fechando diversas parcerias com o Brasil. Uma delas relacionada ao cultivo do algodão. Gilson Pinesso é o primeiro produtor brasileiro a plantar 400 hectares produzidos em Agadi, no Estado do Nilo Azul. A colheita que começou de forma manual deve terminar até o fim de semana com a ajuda de máquinas. O que para muitos parece apenas uma aventura, para Pinesso foi um projeto bem pensado. “Este foi um projeto piloto. Vamos fazer uma lavoura comercial no próximo ano, de larga escala. Vamos cultivar 40 mil hectares em 2011”, explicou o produtor brasileiro. As terras férteis e o conhecimento da equipe brasileira fizeram com que os números da produção e a qualidade da fibra fossem semelhantes aos alcançados no Brasil, mas com uma grande vantagem: o baixo custo de produção. O ministro da agricultura do Sudão, Taha Zubeir Bashir, é o grande incentivador do projeto. Em entrevista exclusiva ao Canal Rural, ele fez questão de salientar a importância da chegada de Pinesso em terras africanas. “Esse é um dos melhores projetos feitos na última década. Em uma temporada, Gilson Pinesso e sua equipe conseguiram testar muitas tecnologias brasileiras, e os resultados alcançados foram maravilhosos. Isso colocou a agricultura em termos de algodão no trilho certo” disse o ministro. Para facilitar a entrada no país africano, Pinesso está plantando em parceria com a Abisnaco, que pertence a 3AAAD, uma empresa formada pelos países árabes e que tem 49% de participação do governo sudanês. A 3AAAD chegou a parar a produção de alimentos devido à falta de sucesso nas lavouras. Omer Marzoung, diretor geral da companhia, comemora a parceria. Ele faz questão de salientar a tecnologia avançada dos brasileiros. “O algodão está fantástico” conclui Marzoung. Fonte. Canal Rural. Por Renata Ryff Moreira. 30 de dezembro de 2010
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