• Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
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Kátia Abreu pede ampla reforma do modelo de política agrícola do país

Kátia Abreu pede ampla reforma do modelo de política agrícola do país


Em flagrante tom crítico ao governo federal , a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) reivindicou ontem a realização de uma ampla reforma do atual modelo de política agrícola do país. "O produtor não pode arcar sozinho com o abastecimento do país. O governo precisa garantir preços de verdade. A burocracia não funciona", afirmou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Na oposição ao governo desde o início da campanha eleitoral de 2010, a senadora ruralista afirmou que "precisa ter boas expectativas" com a gestão da presidente eleita Dilma Rousseff. "Mas há muitos erros e equívocos na política agrícola", afirmou. Para melhorar a situação, Kátia Abreu sugeriu "não fazer o trem-bala", uma das principais obras defendidas pela então ministra Dilma Rousseff no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Com isso, resolveria a logística do Centro-Oeste brasileiro, que produz 50% da safra", disse a senadora. Sobraram críticas também ao atual ministro da Agricultura, Wagner Rossi, mantido no cargo por Dilma. "Temos pouco diálogo com Rossi. Mas precisamos de parceria para essa nova política agrícola", disse. E criticou a ocupação política do ministério: "Há um excesso de indicações políticas. O governo precisa garantir que não tenha essa ingerência política em cargos estratégicos. Essa pressão política não pode prevalecer no ministério. E nem se fale da Embrapa". A presidente da CNA também acusou, com base em um estudo ainda inédito encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma "grande concentração" da produção em poucas propriedades rurais e afirmou que tem aumentado o número de pobres no campo, segundo o novo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Há 3 milhões de pobres no campo", disse. No evento de fim de ano, Kátia Abreu criticou, ainda, a falta de reforma do Código Florestal e exigiu mais segurança jurídica no campo. Avisou que fará um "road show" pelo mundo para atrair "investimentos" ao setor rural brasileiro. "Vamos fazer a nossa parte para ajudar o governo", afirmou. Fonte. Valor Econômico. 16 de dezembro de 2010. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
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