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Scot Consultoria

Bunge e Louis Dreyfus disputam usinas da CNAA


Sexta-feira, 10 de dezembro de 2010 - 09h38

Grandes negociações de compra de usinas entram em fase final. Amanhã, dia 10 de dezembro, está sendo esperada a conclusão da compra de 50% do grupo Cerradinho pela BP (ex British Petroleum). Em outra frente, a disputa pelos ativos da Companhia Nacional de Açúcar e Álcool (CNAA) avança e se afunila com dois concorrentes: as multinacionais Bunge e Louis Dreyfus. E outra negociação em curso, ainda que não envolva usina (ativo industrial), é o da compra pela Cosan do canavial da usina São José, de Rio das Pedras (SP), cujas conversas estão em fase inicial. O Valor apurou que alguns grupos que estiveram presentes nas primeiras fases de negociação com a CNAA, como Cosan e a chinesa Cofco, já saíram da disputa por motivos variados. As que permanecem estão propondo valores próximos de R$ 100 por tonelada de capacidade instalada, mais a assunção de dívidas - que eram de R$ 1 bilhão ao final de março de 2009. O que, a grosso modo, diferencia a proposta da Bunge para a múlti francesa é o formato. A multinacional francesa, segundo fontes, propôs comprar 100% da CNAA por meio de troca de ações, de forma que os fundos que controlam a CNAA, entre eles o Riverstone e o Goldman Sachs, poderão exercer a venda dos papéis da francesa na abertura de capital da divisão de bioenergia da empresa (LDC-SEV), esperada para 2011. A proposição da Bunge segue o formato mais tradicional de aporte de capital direto. Procuradas, Bunge, que está há mais tempo na disputa, e Louis Dreyfus não retornaram até o fechamento da edição. Por sua assessoria, a CNAA informou que não comenta rumores de mercado e a Cosan também não quis comentar o assunto. As duas usinas da CNAA estão localizadas em Goiás e em Minas Gerais e devem processar nesta safra, em finalização, cerca de 4 milhões de toneladas de cana. O grupo também tem um outro projeto greenfield, em Campina Verde (MG), mas está em fase de captação de recurso. O projeto da CNAA, segundo informações disponíveis em balanço de resultados do período findo em 31 de março de 2009, era investir R$ 1,8 bilhão para construir três usinas e atingir moagem total de 7,5 milhões de toneladas de cana. Mas, segundo informou a empresa neste ano, já foram investidos R$ 2 bilhões entre 2006 e 2009 nos projetos. Além de ter um endividamento elevado, a negociação da CNAA está mais difícil porque o fundo Riverstone, que é o principal acionista e credor da CNAA, tem como condição para a venda da empresa a recuperação de todo o valor emprestado para o projeto que, em março de 2009, era de R$ 672,8 milhões. "Quem comprar, não poderá alongar dívida, pois o débito existente é majoritariamente com o fundo", diz uma fonte. Fonte: Valor Econômico. Por Fabiana Batista. 9 de dezembro de 2010.
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