Mudanças no Código Florestal em debate

As mudanças no Código Florestal voltaram a esquentar o clima na Câmara dos Deputados, na quarta-feira, em Brasília. Os representantes da agricultura garantem que tem 370 assinaturas pedindo urgência na votação do novo projeto. Já os ambientalistas querem mais tempo para debater o assunto. Depois de mais de um ano de debates, o relatório ainda está esperando para ser votado. O texto do projeto permite, por exemplo, que pequenas propriedades sejam dispensadas de ter reserva legal e que a mata ciliar às margens de rios com até cinco metros de largura seja reduzida de 30 para 15 metros. Nesse finzinho de mandato, a Câmara vive um verdadeiro cabo de guerra. De um lado, os ambientalistas fazem força para barrar a aprovação da proposta. "A proposta não foi discutida, não foi negociada. Ela não favorece ninguém. De tal forma que precisamos fazer aquilo que estou propondo: sentar, identificar os pontos convergentes e construir uma proposta de consenso porque todo mundo acha que esse Código Florestal precisa sofrer mudanças, mas não podemos é destruí-lo", disse Edson Duarte, deputado federal do PV da Bahia. Já os ruralistas se apressam para votar as mudanças antes do final do ano. "Imagine, foram feitas 72 audiências públicas em todos os estados da federação. A comissão trabalhou por mais de um ano. Por que voltar a discutir novamente porque uma minoria, pressionada por ONGs internacionais, com interesses estrangeiros, agora não quer votar a matéria" Por eles não vota nunca, certo. O interesse é atrasar o Brasil", disse Luís Carlos Heinze, deputado federal do PP do Rio Grande do Sul. A discussão das mudanças no Código Florestal deve ser retomada na próxima semana na Câmara dos Deputados. Fonte: Globo Rural. 9 de dezembro de 2010.
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