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Commodities fecham 2010 valorizadas


Quarta-feira, 8 de dezembro de 2010 - 09h23

O ano de 2010 vai chegando ao fim repleto de recordes e títulos, ora positivos, ora negativos. Foi um ano de bastantes oscilações, sejam elas mercadológicas ou climáticas. A safra 09/10 encerrou com alguns títulos nada positivos para a agropecuária mato-grossense. A sojicultura, cartão postal do agronegócio de Mato Grosso, por exemplo, registrou as menores rentabilidades e produtividades dos últimos três anos. Na safrinha, o milho foi cultivado na maior área já registrada ao cereal, porém, a produtividade sofreu ação severa da estiagem. O algodão, sem preços atrativos no início do plantio, cedeu espaço ao manejo adensado e registrou na história da cultura no Estado uma área de safrinha maior que a da safra cheia. Passada a safra, a temporada 2010/11, mesmo atropelada pelos efeitos do La Niña, nasce com as melhores perspectivas de preços já vistas – para todas as culturas ao mesmo tempo – nos últimos anos. E o melhor de tudo é que tanto para soja, milho, algodão e boi, as altas deverão resistir por mais tempo em função da forte demanda pelos produtos. Se a safra 09/10 ficou – por mais um ciclo – abaixo das expectativas, a 10/11 começa embalada pelas projeções de oferta e demanda mundial em desequilíbrio – em favor da produção – e de novos recordes para Mato Grosso. Como resume o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Ottoni Prado, o ano de 2010, no quesito preços, teve dois momentos muito distintos: o primeiro semestre de preços em queda e o segundo semestre de preços em forte ascensão. “Com a recente evolução sobre os preços das commodities, o ano fecha com a soja valorizada em 53%, com o milho com 98% e o algodão em 105%. A pluma, como estamos dizendo, passou de vilão a mocinho”. Prado apresentou ontem um balanço do desempenho do setor produtivo na safra que se encerrou (2009/2010) e as perspectivas para o próximo ciclo (2010/2011), durante encontro com jornalistas no auditório da entidade. “Provavelmente vamos bater recorde de produção da soja na próxima safra”, afirmou. Os dados foram levantados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), ligado à Famato. “Esperamos que 2011 seja um ano bom para nós. O que precisamos fazer agora é resolver o problema da logística no nosso Estado para conseguirmos, com os preços bons, auferir lucro aos produtores e trazer divisas para Mato Grosso”, informou Prado. Apesar de um cenário positivo ao agronegócio, o novo ano começa como terminou, pelo menos para os mato-grossenses, com um quebra-cabeças que ainda não revela solução: consolidação da produção sustentável, infra-estrutura e logística, segundo ciclo em Mato Grosso - a industrialização e a repactuação das dívidas de investimento. Fonte: Diário de Cuiabá. Por Marianna Peres. 8 de dezembro de 2010.
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