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Incentivos levam Bunge a reativar fábrica no Paraná


Segunda-feira, 6 de dezembro de 2010 - 09h31

Pouco mais de um ano após paralisar as operações de sua unidade de processamento de soja localizada em Ponta Grossa, no Paraná, a Bunge assinou procolo de intenções com o governo do Estado para reativá-la. Em cerimônia realizada na quinta-feira na sede do governo estadual, em Curitiba, ficou acertado que, em troca de incentivos fiscais, a empresa já daria início aos trabalhos de manutenção para voltar a operar em fevereiro, quando a colheita paranaense ganha força. Segundo a Bunge, a retomada permitirá a criação de cerca de 80 empregos diretos. Em comunicado, o governo do Paraná estima até 100 empregos diretos e 300 indiretos. A Bunge não informou quanto terá de investir para que a unidade volte ao batente, nem a capacidade inicial de processamento prevista. O Valor apurou, contudo, que a fábrica será religada com capacidade inferior a 3 mil toneladas. Os incentivos fiscais concedidos também não foram revelados. Em comunicado, o secretário estadual da Fazenda, Francisco de Assis Inocêncio, limita-se a informar que nenhum diferencial tributário foi criado para a multinacional americana. "Não há nada novo para a Bunge. O que a Bunge receberá de incentivos ficais constam na nossa legislação sobre ICMS", afirma Inocêncio. Adalgiso Telles, diretor corporativo da Bunge Brasil, também não entra em detalhes sobre os benefícios, mas disse que, sem eles, a unidade de Ponta Grossa não seria reativada. E se no futuro os benefícios aumentarem, o executivo adiantou que a unidade poderá até ser ampliada. Conforme o governo, além de reativar a unidade de moagem, a Bunge se comprometeu a abrir uma fábrica para produção de margarina e óleo. Ponta Grossa foi paralisada depois que uma severa estiagem prejudicou a safra 2008/09 do Paraná. Naquele momento, disse Telles, as contas não fechavam para mantê-la em funcionamento. Já nesta safra 2010/11, que está sendo plantada no Estado, a expectativa dos agricultores locais é de uma colheita gorda - apesar das ameaças do La Niña - e rentável, dados os atuais preços elevados. Com Ponta Grossa, a Bunge passa a ter nove processadoras de soja no país. Fonte: Valor Econômico. Por Fernando Lopes. 3 de dezembro de 2010.
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