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Scot Consultoria

Índice de preço dos alimentos atinge máxima em 28 meses, diz FAO


Quinta-feira, 2 de dezembro de 2010 - 09h42

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) elevou hoje o índice mensal de preço dos alimentos para o nível mais alto em 28 meses devido à valorização global das cotações dos cereais, do açúcar e dos óleos vegetais. O indicador em novembro subiu 3,7% frente ao mês anterior, a 205,44, maior patamar desde julho de 2008 e apenas oito pontos abaixo do pico atingido em junho do mesmo ano. Este foi o quinto mês consecutivo de alta. O índice medido pela FAO é um termômetro da variação mensal dos preços internacionais de uma cesta de commodities e é acompanhado de perto por analistas e investidores. Houve um avanço generalizado nos preços de quase todos os principais itens alimentícios, exceto produtos de carne. O indicador dos cereais saltou para 225 em novembro, maior nível em 26 meses e 2,3% acima da leitura divulgada em outubro. O do açúcar teve alta de 7,3% no período, alcançando o recorde de 375, e o de óleos e gorduras aumentou 10,5%, para 243. A FAO também ajustou o índice de preço dos produtos lácteos para 207,79, enquanto o da carne ficou praticamente inalterado em 138,53. Condições climáticas adversas, ou muito secas ou excessivamente úmidas, afetaram os principais produtores e exportadores de alimentos ao redor do mundo, incluindo Rússia, Ucrânia, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Paquistão, Argentina e países do Sudeste Asiático. "Diferentemente das altas anteriores, quando os preços dispararam por um ou dois meses e depois recuaram significativamente, agora os preços estão permanecendo em torno das máximas por um período de tempo muito maior", disse Abdolreza Abbassian, secretário do Grupo Intergovernamental para Grãos da FAO. O mundo conseguiu absorver o impacto de estiagens e inundações nas principais regiões agrícolas em 2010, mas não pode se dar ao luxo de ter outra rodada de catástrofes relacionadas ao clima, afirmou ele. Abbassian manifestou preocupação com relação à queda no plantio de trigo de inverno da Rússia neste ano, dizendo que o tamanho da safra russa continuará incerto até meados de 2011. O índice de preço do trigo subiu 5,11 pontos em novembro, a 210,08, alta de 59% desde junho. Os preços dos grãos continuarão elevados ou subirão ainda mais pelo menos até setembro do ano que vem por causa do baixo nível dos estoques atualmente, explicou ele. "O milho é a safra que precisamos monitorar de perto por causa da redução acentuada dos estoques e da forte demanda nos Estados Unidos e para exportação", disse o secretário. As informações são da Dow Jones. Fonte: O Estado de São Paulo. 1 de dezembro de 2010.
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