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JBS mira Brasil para seguir em alta nas exportações de boi


Quinta-feira, 18 de novembro de 2010 - 09h49

Mesmo diante da escassez de carne bovina no mercado brasileiro, principalmente em consequência do aumento da demanda e do abate de matrizes, a JBS, maior empresa em processamento de proteína animal do mundo, espera que até 2020 o País seja responsável por 50% do total de exportações realizadas no mundo, ante os 20% atuais. Outro plano da empresa é saltar dos atuais 350 mil clientes no mundo para mais de 1 milhão até 2020. Após crescimentos expressivos nos últimos anos, a JBS quer agora balancear suas finanças, tanto que o presidente da companhia, Joesley Batista, afirmou sexta-feira durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre que o objetivo da empresa é desacelerar seu crescimento: "Seguimos com o firme propósito de desacelerar o ritmo em que a empresa estava crescendo, sem perder o ímpeto de crescimento que sempre foi parte da nossa história. Agora estamos focados no balanço financeiro, em como melhorar a eficiência fiscal". Batista usou como exemplo o caso da Argentina, que desde o final de 2009, viu três das seis fábricas da JBS no país fecharem as portas, além de uma quarta unidade que encerrou as suas atividades de abate, tudo isso por conta da escassez da disponibilidade de gado e restrições às exportações que aquele país sofre. "Nós reduzimos a operação, pois queremos contribuir com o país e com a economia daquele país. A nossa atuação na Argentina é baseada na força das exportações, e como momentaneamente existe restrição a elas, nós paralisamos algumas plantas", argumentou. Dos 4.500 funcionários argentinos mais de 1.500 já foram dispensados, além da mudança da matriz que era na capital do país, Buenos Aires, e foi transferida para Rosário, a fim de reduzir custos administrativos. Batista confirmou que as fábricas paralisadas podem ser vendidas a outras empresas interessadas. "Em relação a vender ou não as plantas, se tiver algum player que se considere capaz de tocar o negócio estamos à disposição e podemos vender sim. Mas isso não significa que em um futuro próximo, se o cenário mudar, nos podemos reabri-las sem problema", disse. Na Bolsa de Nova York Contando com a recuperação do mercado americano, a JBS afirmou que pode entrar na Bolsa de Valores de Nova York no terceiro trimestre de 2011. Segundo Batista essa ação não é a prioridade da empresa, mesmo porque a unidade americana está bem capitalizada e experimentando crescimentos trimestrais recorrentes. "Podemos abrir o capital da empresa nos EUA no terceiro trimestre de 2011. Mas não temos pressa. E no meu entendimento não há qualquer motivo para sairmos correndo e abrirmos o capital da empresa", argumentou. Outra novidade está na área de distribuição de seus produtos. Atualmente 20% já estão sendo entregues pela própria empresa. "Em cima da plataforma de produção, estamos ampliando a nossa distribuição. Hoje temos mais de 20% de nossos produtos entregues pela própria empresa até o ponto final, e isso nós continuaremos a trabalhar e expandir, particularmente no Brasil, que tem um ótimo índice de crescimento. A nossa meta é atingir a marca de 50% até 2020", afirmou a empresa. Resultados A JBS teve lucro líquido de R$ 133,5 milhões no terceiro trimestre de 2010, um recuo de 11,9% na comparação com o resultado obtido no mesmo período de 2009, que foi de R$ 151,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa foi de R$ 1,026 bilhão de julho a setembro de 2010, avanço de 251,7% na comparação com igual intervalo de 2009. A margem Ebitda ficou em 7,3%, ante 3,5% no mesmo período de 2009 e 7,1% no segundo trimestre de 2010. A receita líquida da empresa no entanto foi de R$ 14,069 bilhões, alta de 67,9% sobre o terceiro trimestre de 2009. Em relação ao segundo trimestre de 2010, quando ficou em R$ 14,116 bilhões, a receita ficou praticamente estável. O principal destaque no trimestre foi a unidade de carne suína da JBS USA, que cresceu 38% na mesma base de comparação. A companhia também ressaltou o desempenho das operações de carne bovina da JBS USA, com aumento da receita de 18%. A JBS, a maior empresa de processamento de proteína animal do mundo, espera que até 2020 o Brasil seja responsável por 50% do total das exportações do grupo, ante os 20% atuais. Fonte: Jornal DCI. 16 de novembro de 2010.
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