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Cereal segue em ascensão em 2010


Terça-feira, 26 de outubro de 2010 - 10h09

Em janeiro deste ano nenhum produtor mato-grossense poderia imaginar que o milho daria uma arrancada de preços a partir do segundo semestre. Sem perspectivas de preços, a tônica dos primeiro meses do ano foi uma só: pedido de auxílio à comercialização do grão junto ao governo federal, por meio da realização de leilões, como forma de garantir preços, escoamento e um preço mínimo à sacam em Mato Grosso. Com toda a falta de infraestrutura de transporte no Estado, o socorro à União foi a única forma de reduzir os prejuízos da safra 09/10. Porém, como aponta levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço da saca de milho no período de julho a outubro de 2010 cresceu 56% nas principais regiões de Mato Grosso acompanhadas pelo órgão. Em Campo Verde (139 quilômetros ao sul de Cuiabá) o preço médio do cereal foi o maior visto desde junho de 2009, sendo indicado pelos compradores nesta semana a R$ 14,50, valor 54% maior que na mesma época do ano passado, quando o preço médio da saca se encontrava na casa dos R$ 9,44. Em Sapezal (470 quilômetros ao noroeste de Cuiabá) o valor pago para os produtores venderem o cereal neste mês ficou cotado em média R$ 13/sc. Na região de Primavera do Leste (239 quilômetros ao Sul de Cuiabá) a saca ficou na casa dos R$ 14,50, em Diamantino (207 quilômetros ao norte de Cuiabá) o preço indicado foi de R$ 12,30/sc e em Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá) chegou a ser cotado a R$ 12,25/sc. “Esses números mostram um cenário incentivado pela incerteza em relação à área plantada de milho na safra 10/11 e a expectativa da demanda do cereal no país” para a produção de etanol, demanda essa que aumenta a cada ano. SEM ESTOQUES – Apesar das expressivas e constantes altas na cotação do grão, poucos mato-grossenses terão – pelo menos até a próxima safra – como aproveitar o momento. A alta mensal de pouco mais de 10% nos preços do cereal no mercado interno impulsionou a comercialização que passou de 87,8% vendidos no mês de setembro para 93,6% do mês de outubro. “A evolução de 5,8 pontos percentuais (p.p.) só não foi maior devido ao baixo volume de milho disponível para a comercialização no Estado”, destaca o Imea. Estima-se que restam 555 mil toneladas de milho distribuídas pelas sete regiões do Estado. No sudeste está a maior concentração, com cerca de 252 mil toneladas, seguida pela região médio norte, com 190 mil toneladas. ALERTA – “Com a safra de milho 09/10 definida e praticamente encerrada, os olhos se voltam para o atraso no plantio de soja, que se persistir na próxima semana poderá afetar o plantio de milho na safra 10/11. Contudo, como há boas previsões de chuva para a próxima semana, acredita-se que ainda é cedo para afirmar uma queda significativa na área semeada com milho”. Fonte: Diário de Cuiabá. Por Marianna Peres. 25 de outubro de 2010.
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