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Independência convoca assembléia de credores para 8 de novembro


Segunda-feira, 25 de outubro de 2010 - 10h01

O frigorífico Independência, em recuperação judicial desde maio de 2009, convocou seus credores para uma nova assembleia geral para discutir os rumos da companhia. Segundo edital de convocação disponível no site da empresa, a nova reunião acontecerá, em primeira chamada, no próximo dia 8, às 10h, em São Paulo. Se não houver quórum suficiente, a assembleia geral de credores passa para o dia 22 de novembro, no mesmo local e horário, em segunda chamada. Na assembléia, de acordo com o documento, será deliberada "a adequação, ajuste e/ou modificação do plano de recuperação judicial e apresentação de um plano alternativo e/ou outros assuntos de interesse dos credores e da companhia". O dia 8 de novembro marca também o dia do vencimento do acordo firmado entre os credores pecuaristas e fornecedores na assembleia do dia 13 de setembro. Na ocasião, foi votada a suspensão dos pagamentos a esses credores das parcelas vincendas em setembro e outubro, com o crédito a ser efetuado no dia 8, juntamente com a parcela daquele mês. Ao mesmo tempo, também foi decidida na assembleia a antecipação do pagamento das duas últimas parcelas devidas a esses credores, sendo feito esse pagamento na 22ª parcela. Nos últimos dias, a situação do Independência se complicou e o mercado enxerga que uma solução definitiva e positiva para a companhia se mostra cada vez mais distante. Em setembro, a companhia tinha anunciado precisar de um aporte de capital - estimado pelo mercado em cerca de R$ 250 milhões - que quitaria os débitos e resolveria o problema de capital de giro, motivo pelo qual havia pedido a suspensão dos pagamentos aos credores pecuaristas. No dia 30 de setembro, o Independência anunciou que não pagaria os juros de suas notas de US$ 165 milhões com garantia sênior e vencimento em 2015, avaliado num total de cerca de R$ 4,650 milhões. No início deste mês, o Independência devolveu quatro unidades arrendadas - localizadas em Janaúba (MG), Anastácio (MS), Presidente Venceslau (SP) e Pires do Rio (GO)- da massa falida do antigo frigorífico Kaiowa. Dias depois, a companhia divulgou a suspensão de suas atividades produtivas devido à "não geração de caixa suficiente para cobrir os custos fixos e despesas gerais da empresa". Com a decisão, houve também a demissão de cerca de 1,3 mil funcionários dessas unidades e também a destituição de membros da alta administração. Para o Barclays Capital, em relatório divulgado hoje e assinado pelos analistas Juan C. Cruz e Ivan Fernandes, considerando a falta de informações disponíveis e as poucas perspectivas de que um potencial comprador estratégico poderá capitalizar a empresa no curto prazo, os investidores têm pouco incentivo para fazer qualquer coisa neste momento. "As negociações indicam uma assimetria nas informações reais, enquanto os principais problemas envolvendo a empresa permanecem: mesma estrutura acionária, falta de acesso a fontes de financiamento, entre outros", afirmaram os analistas, ressaltando que o único caminho para a companhia é seja feita uma massiva capitalização da dívida, seguido pelo aporte de capital novo e mudança de acionista. "Um dos patrocinadores de capital tem que ser um comprador estratégico. O outro, um comprador financeiro com um plano para criar sinergias entre as empresas", completam os especialistas. Fonte: Agência Estado. 22 de outubro de 2010.
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