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Técnicos discutem dados referentes aos custos de produção do leite


Terça-feira, 19 de outubro de 2010 - 09h44

Técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) se reuniram para consolidar os dados referentes aos custos de produção de leite do projeto Campo Futuro. Após a confirmação de algumas informações, os dados do projeto serão divulgados pela CNA. A data da divulgação não foi definida. A partir dessas informações o produtor poderá comparar as condições técnicas e econômicas da produção de leite em várias regiões do País. Representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da Embrapa Gado de Leite e da Universidade Federal Viçosa (UFV) também participaram da reunião, realizada hoje, na sede da CNA, em Brasília. Outro objetivo do encontro foi harmonizar algumas questões metodológicas referentes aos custos de produção do leite no trabalho que é feito, de forma separada, pela CNA e pela Conab. Na reunião de hoje, foi definida a criação de um grupo para discutir as questões de custo de produção. Representantes da CNA, do governo, estudiosos e pesquisadores integrarão o grupo, que vai iniciar as discussões no ano que vem. “O objetivo não é definir uma metodologia específica, mas sim caminhar para que os resultados sejam os mais próximos possíveis da realidade do produtor”, disse o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite (CNPL) da CNA, Rodrigo Alvim. Os dados preliminares apresentados hoje em Brasília mostram que a produtividade informada nos painéis realizados em Minas Gerais, principal Estado produtor do País, estão abaixo dos níveis considerados como ideais para as fazendas pesquisadas. Nessas propriedades, o rendimento está abaixo de 3 mil litros por hectare ano. No Rio Grande do Sul, a produtividade supera 6 mil litros por hectare ano. A utilização de pastagem de inverno e a boa produção das demais forrageiras contribuem para o bom resultado da pecuária leiteira do Sul do País. O estudo foi feito em 19 municípios de seis estados que, juntos, respondem por 74% da produção nacional de leite. Durante a coleta de dados que serviram de base para o levantamento, foram realizados painéis em Minas Gerais (5 municípios), Goiás (4), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (3), Paraná (2) e Santa Catarina (2). Alvim lembra que a produtividade abaixo do nível considerado como ideal compromete a renda do pecuarista e dificulta novos investimentos ou a reforma das pastagens e da estrutura das fazendas. Na maioria das fazendas pesquisadas, o produtor só consegue quitar os desembolsos diretos, que são os gastos com ração, medicamentos, mão de obra e outros. “Esse quadro mostra que o produtor não sobrevive no longo prazo porque não consegue reinvestir na atividade, formando novos pastos, repondo máquinas ou reconstruindo benfeitorias”, completou. O município de Castro, no Paraná, foge à média nacional. Na região, a produção leiteira modal é de 4 mil litros por dia, o que resulta em uma produtividade por área de 19.466 litros por hectare ano. “Esse indicador, aliado a outros de eficiência técnica, comprova o bom retorno econômico da atividade nesse município”, afirmou. Fonte: CNA. 18 de outubro de 2010.
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