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USDA motiva explosão das cotações dos grãos


Quarta-feira, 13 de outubro de 2010 - 09h18

Levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre oferta e demanda de grãos naquele país e no mundo nesta safra 2010/11 motivou forte alta das cotações de milho, soja e trigo na sexta-feira passada na bolsa de Chicago. Dos números apresentados pelo USDA, o que mais chamou a atenção do mercado foi o corte promovido na estimativa para a colheita americana de milho. No relatório que divulgou em setembro, a previsão apontava para 334,27 milhões de toneladas, 0,4% mais que em 2009/10. A partir de um ajuste de 4% para baixo no cálculo para a produtividade das lavouras, o volume total caiu para 321,68 milhões, ao mesmo tempo em que foram elevadas as projeções para a demanda. Resultado direto dessa mudança foi a valorização dos futuros do grão. Os papéis para março subiram 30 centavos de dólar (a alta máxima diária permitida), ou 5,91%, e fecharam a US$ 5,3750 por bushel, maior valor para um contrato de segunda posição de entrega (normalmente o de maior liquidez) desde setembro de 2008, conforme cálculos do Valor Data. Nos últimos 12 meses, a valorização acumulada chegou a 42,86%. A disparada rebateu no trigo, que pode ser usado como alternativa ao milho em rações. Nesse mercado, os contratos para março (segunda posição) subiram 60 centavos de dólar (8,65%), e chegaram a US$ 7,5375 por bushel, valor que embute uma alta acumulada de 52,81% em 12 meses. Igualmente expressivo foi o salto dos contratos de segunda posição de entrega da soja. Janeiro subiu 70 centavos de dólar (6,51%) e encerrou a semana negociado a US$ 11,45 por bushel, valorização de 21,91% em 12 meses. O USDA também cortou sua previsão para a produtividade média das lavouras americanas, e sua estimativa para a colheita da oleaginosa caiu para 92,76 milhões de toneladas. Surpreendentes, os ajustes do USDA e as reações dos preços em Chicago, referência maior para as negociações das três commodities no mercado internacional foram recebidos com preocupação pela FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação. Com preços nesses níveis, é de se esperar o aumento da fome no mundo, sobretudo em países mais pobres. (FL) Fonte: Valor Econômico. 11 de outubro de 2010.
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