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Estado investe em ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso


Sexta-feira, 24 de setembro de 2010 - 10h28

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia disse nesta quinta-feira (23.09) que todas as ações planejadas pelo Governo do Estado para o período de proibição de queimadas foram e estão sendo executadas. O secretário, que se encontra na região sul de Mato Grosso, disse que é importante que a sociedade se conscientize, para o fato de que atear fogo é um ato criminoso. “O Estado não tem como disponibilizar um homem em cada propriedade, para impedir que esse crime seja cometido”. Ao falar das ações realizadas - de prevenção, monitoramento e combate -, Maia destacou que o Estado já investiu somente nesse período de proibição do uso do fogo, mais de R$ 4 milhões entre campanhas de prevenção, aquisição de equipamentos, locação de veículos e aviões de combate a incêndios florestais, diárias e outros. O secretário falou também do trabalho de contenção dos incêndios florestais e das ações de preparação para o enfrentamento desse período como a capacitação de brigadistas, realizada em parceria com o Corpo de Bombeiros. Por meio de Cursos de Formação e Treinamentos, foram capacitados 613 brigadistas – incluindo o Curso Hot-Shots, que capacitou 75 profissionais dos bombeiros – , nos municípios de Campo Novo do Parecis, Nobres, Nova Olímpia, Chapada dos Guimarães (Usina de Manso), Aripuanã, Cuiabá, Diamantino, Sorriso, Varzea Grande, Marcelândia, Paranatinga (TI Bakairi), Novo Santo Antonio e São José do Xingú, Bom Jesus do Araguaia (TI Marwatsede – Xavante). Em relação às ações de combate, segundo relatório da coordenação operacional do Centro Integrado Multiagencias (Ciman/MT) – composto por técnicos do Ibama/Prevfogo, ICMBio, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema/MT), Corpo de Bombeiros Militar/ MT e Defesa Civil Estadual/Casa Militarm -, já foram realizadas em Mato Grosso, no período proibitivo até o dia 19 de setembro, cerca de 2.411 ações de combate a incêndios florestais. Essa estimativa, de acordo com o relatório, não incluem as ações realizadas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e Prevfogo, do Ibama, e de outras equipes de intervenção, como as equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), que atuam na área urbana do Vale do Rio Cuiabá. Nesse período, também foram realizadas 12 operações de monitoramento aéreo e 25 terrestres além de três grandes operações de fiscalização, as Operações Fora Fogo, ocorridas nos meses de julho e agosto, coordenadas pela Superintendência de Fiscalização da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), além das atividades de rotina do setor. Dessas grandes operações participaram técnicos da Sema; Polícia Ambiental (PMMT), Corpo de Bombeiros Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp); Defesa Civil, Ministério Público Estadual e IBAMA, com o objetivo de realizar ações de prevenção, monitoramento e fiscalização de focos de calor e, constatar o cometimento de outros ilícitos ambientais. Como resultado dessas ações, 311 pontos nas zonas rurais estão em fase de quantificação de área e identificação do proprietário para a emissão de Autos de Infração. Também passam por quantificação 9.173 pontos de queimadas detectados em Terras Indígenas e 7.933 pontos de queimadas em áreas de Assentamento Rural. Durante o período proibitivo – iniciado em 08 de julho até o dia 19 de setembro (último dado consolidado) -, ao todo, já foram fiscalizados em campo 224 pontos de queimadas, lavrados 144 autos de infração de campo, 311 autos de infração por imagem de satélite (em fase de quantificação). Um levantamento parcial mostra que já foram aplicados em multas R$ 50 milhões. EFETIVO Em Mato Grosso, para executar as ações planejadas de prevenção, controle e combate aos incêndios florestais estão envolvidas diariamente nas operações cerca de 600 pessoas. São 160 homens do Corpo de Bombeiros Militar nas Unidades de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra, Nova Xavantina, Nova Mutum, Primavera do Leste, Alta Floresta, Pontes e Lacerda, Jaciara, Sorriso, Campo Verde, Colíder, Lucas do Rio Verde, além das bases de Colniza, Juína, Brasnorte, Sinop, Nova Ubiratan e Água Boa e mais 41 equipes de intervenção. Também estão envolvidos nas ações de combate aos incêndios florestais, em 10 bases do PrevFogo/IBAMA, incluindo Cuiabá, 210 homens mais 68, das bases do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, e ESEC’s Serra das Araras, Taiamã e Ique. Esse trabalho está sendo apoiado por aeronaves baseadas em Cuiabá e Sinop, em 68 operações já realizadas, totalizando 192,70 horas de vôo sendo que mais de 25% das horas, foram em operações no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães e sua Área de Preservação. No total já foram lançados cerca de 720.000 litros de água. OPERAÇÕES Em Unidades de Conservação Federal e Terra Indígenas já foram realizadas 54 Operações de Combate, Monitoramento e Fiscalização pelo Instituto Chico Mendes, Prevfogo e Corpo de Bombeiros Militar. Já as Operações em Unidades de Conservação Estadual foram 45 e, em outras localidades, pelo Corpo de Bombeiros Militar, 1.739; pelo Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil (coordenadas pelo CIMAN/MT), 156 e pelo Prevfogo, 354. QUEIMADAS Este está sendo considerado o período mais crítico de estiagem na região Centro Oeste dos últimos anos. Os prognósticos, feitos pelas diversas agências de pesquisa e monitoramento do clima, confirmados para o trimestre junho, julho, agosto, previam um período de estiagem mais severa para o Brasil Central, caracterizado por temperaturas acima da média histórica, baixa umidade relativa do ar e redução das chuvas ainda no mês de abril para algumas regiões. De acordo com o superintendente da Defesa Civil, major BM Agnaldo Pereira, “as anomalias negativas de precipitação e positivas de temperatura máxima favoreceram a ocorrência de fogo na vegetação em grande parte do País, em especial no Brasil Central, na sua grande maioria iniciados pela ação humana”. Um comparativo dos números de 2009 e 2010, segundo dados dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que de 01 de janeiro a 19 de setembro de 2009, foram registrados no Brasil, 140.561 focos de calor. Nesse mesmo período, em Mato Grosso, os satélites detectaram 27.120 focos de calor, o que correspondia a 19,29% dos focos registrados em todo o país, naquele período de 2009. Este ano, no período de 01 de janeiro a 19 de setembro, os satélites do Inpe registraram no Brasil 637.390 focos de calor. Em Mato Grosso os focos de calor no período somaram 170.932, correspondendo a 26,81% de todos os focos registrados no país. Em relação a 2009, esses números correspondem a um acréscimo de aproximadamente 353,46% de focos de calor no país em relação ao mesmo período do ano passado. Proporcionalmente outros Estados vem apresentando maiores percentuais e, no período anterior, tiveram os números estabilizados em razão da ocorrência de chuvas, à exemplo do Acre, Rondônia, Bahia, São Paulo e Minas Gerais. “A massa de ar quente prevalece no Brasil Central, onde observamos a anomalia negativa de precipitação de pelo menos três meses em alguns municípios da região leste do Estado (região do Araguaia), desde a divisa com Tocantins até a região sudeste do Estado, divisa com Goiás”, explicou o superintendente de Defesa Civil, major BM Agnaldo Pereira. O relatório de atividades do Ciman-MT mostra ainda que do total de 170.932 focos de calor registrados em Mato Grosso no período – 01 de janeiro a 19 de setembro deste ano -, 2.744 focos, isto é, 1,60% foram registrados em Unidades de Conservação federais; 5.913 focos, isto é, 3,45% foram registrados em Unidades de Conservação estaduais. “Do total de focos de calor registrados, cerca de 68% foram detectados no Parque Estadual do Araguaia, no município de Novo Santo Antônio. Essa região teve uma redução acentuada da precipitação desde o mês de maio e não chove desde o mês de junho”, analisou o superintendente. Ainda segundo o relatório, 16.069 focos de calor, isto é, 9,40% foram registrados em terras indígenas e 17.643 focos, isto é, 10,32% em assentamentos. Percentualmente 24,77% dos focos de calor registrados no Estado, desde o início do ano até o último dia 19 de setembro, foram registrados em Unidades de Conservação estadual e federal, terras indígenas e assentamentos (INCRA) e, 75,23% em outras áreas Do total acumulado, entre 01 de janeiro até 19 de setembro deste ano (170.932 focos), cerca de 155.206, ou seja, 90,79% ocorreram no período proibitivo. Fonte: Diário de Cuiabá. 23 de setembro de 2010.
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