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Scot Consultoria

No ano, moagem chega a 380 mi/t


Terça-feira, 14 de setembro de 2010 - 10h17

A moagem de cana pelas unidades produtoras da Região Centro-Sul do País atingiu 41,89 milhões de toneladas na segunda quinzena de agosto. No acumulado desde o início da safra, a moagem totalizou 379,97 milhões de toneladas. Segundo o Diretor Técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, as condições excepcionais para a colheita da cana indicavam um crescimento da moagem na segunda quinzena de agosto, mas o que observamos foi uma retração no volume diário processado pelas unidades produtoras. “Isso ocorreu, principalmente, em função da proibição de queima da cana por vários dias em São Paulo e do aumento do teor de fibra na matéria prima colhida,” acrescentou. Devido aos baixos índices de umidade relativa do ar, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) proibiu a queima da palha da cana-de-açúcar, em qualquer horário. O ápice da suspensão ocorreu a partir do dia 23, quando a proibição estendeu-se a todos os municípios canavieiros paulistas, dificultando a manutenção do ritmo de moagem que vinha sendo observado. A proibição da queima também intensificou o aumento da fibra na cana-de-açúcar. Dados apurados pelo Sistema ATR (Consecana – SP) em 10 de setembro indicam um teor de 13,95% de fibra na cana amostrada no Estado de São Paulo na última semana de agosto, crescimento de 8,81% em relação ao valor observado no mesmo período da safra 2009/2010. A elevada quantidade de fibra na cana prejudica a moagem e a produção, pois reduz a eficiência de extração de caldo pelas moendas e diminui a capacidade de moagem nas unidades que estão operando próximo do limite diário de processamento. Vendas de etanol - Em agosto, as vendas de etanol pelas unidades produtoras da Região Centro-Sul somaram 2,35 bilhões de litros, sendo 623,70 milhões de litros de etanol anidro e 1,73 bilhão de etanol hidratado. Do total comercializado, 208,41 milhões de litros destinaram-se ao mercado externo, e 2,15 bilhões de litros ao consumo doméstico. As vendas de etanol anidro para o mercado doméstico totalizaram 585,50 milhões de litros em agosto, crescimento de 21,38% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as vendas internas de etanol hidratado, por sua vez, alcançaram 1,56 bilhão de litros no último mês, alta de 1,35% em relação a julho - este crescimento foi impulsionado pelo aquecimento das vendas de hidratado nos últimos 15 dias de agosto, quando o volume diário comercializado atingiu 51,07 milhões de litros, ante 49,56 milhões negociados na primeira quinzena do mês. No acumulado desde o início da safra, o volume de etanol hidratado direcionado ao mercado doméstico atingiu 7,24 bilhões de litros e o de anidro 2,72 bilhões de litros. Segundo o Diretor da UNICA, “o crescimento da produção e a redução nas exportações de etanol observadas até o momento estão dentro das expectativas. Esses dois fatores vão ampliar a disponibilidade de etanol para o mercado doméstico, dando segurança ao abastecimento do produto.” Em relação ao mercado de açúcar, vale destacar que as exportações nacionais do produto permanecem aquecidas e, em agosto, atingiram um volume recorde de 3,23 milhões de toneladas exportadas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Antonio de Padua Rodrigues ressalta que esse volume permitiu a geração de divisas da ordem de US$ 1,36 bilhão somente no mês de agosto. Naquele mês, a região Centro-Sul atingiu o recorde histórico de mais de 3 milhões de toneladas de açúcar exportado, sendo 85% da carga embarcada pelo Porto de Santos. “Não existe, portanto, a tão comentada falta de estrutura portuária. O que ocorre no momento é uma situação atípica do mercado internacional, já que apenas o Brasil possui estoques de açúcar para o abastecimento do mercado mundial,” explica. Rodrigues acrescenta que o Porto de Santos tem a melhor estrutura do mundo para a operação de exportação de açúcar. Além disso, as empresas do setor que operam terminais no Porto têm planos de investimentos em projetos que aumentarão a capacidade de recebimento, armazenagem e embarque de açúcar a partir da próxima safra. Os projetos estão em fase de análise pelos órgãos competentes. O impacto só não foi ainda maior devido ao alto índice de colheita de cana crua, sem uso de fogo. Mais de 70% da cana própria das unidades produtoras de São Paulo já é colhida dessa forma, com o uso de máquinas. As unidades mais afetadas pelas perdas são as que dependem em grau mais elevado de cana de fornecedores. Fonte: ÚNICA. 13 de setembro de 2010.
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