• Domingo, 28 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

Brasil poderá exportar até 15 bilhões de litros de etanol para os EUA até o final da década


Quarta-feira, 8 de setembro de 2010 - 09h25

Reconhecido pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) como um “biocombustível renovável avançado”, o etanol de cana já tem o passaporte para entrar no mercado americano. Contudo, para obter o visto de entrada e exportar até 15 bilhões de litros até 2020, os produtores brasileiros terão que vencer barreiras tarifárias e investir em infra-estrutura e tecnologia de produção, avalia o representante chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na América do Norte, Joel Velasco. O executivo, cujo trabalho é em boa parte divulgar nos EUA os benefícios e as vantagens do etanol produzido a partir de cana-de-açúcar, participou na última segunda-feira (30/08) do XII Fórum Internacional Sobre o Futuro do Álcool, em Sertãozinho, interior paulista. O evento ocorreu um dia antes da XVIII Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira e a VIII Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar (Fenasucro&Agrocana), uma das maiores feiras do setor sucroenergético nacional, que começou no dia 31 de agosto e termina nesta sexta-feira, 3 de setembro. “Considerando-se a crescente demanda de biocombustíveis avançados nos EUA, se investimentos forem retomados na expansão das usinas e a tarifa (americana) for reduzida, acredito que o produtor brasileiro terá novas e importantes perspectivas de negócios,” avalia. Velasco se refere à tarifa de US$ 0,54 imposta a cada galão (3,78 litros) de etanol de cana importado pelos EUA, cuja manutenção ou término deve ser decidido pelo Congresso americano até o final deste ano. Para o representante da UNICA, o “aumento do consumo de novos produtos de origem renovável na sociedade americana, como o plástico e o diesel fabricados a partir da cana, será uma grande oportunidade quando se observa o preço do barril do petróleo na casa de US$ 80.” Em sua palestra, Velasco explicou que a legislação americana estabelece que o consumo mínimo de combustíveis renováveis deve ser de mais de 45 bilhões de litros anuais em 2010. Até 2022, esse volume deverá ser elevado para até 136 bilhões de litros. A necessidade da implementação de políticas públicas no mercado brasileiro também foi abordada pelo representante da UNICA. Segundo ele, tratam-se de pré-requisitos para o sucesso da expansão do etanol no mercado internacional. “Seja na construção de dutos ou na implementação de regras ambientais claras, a competitividade do etanol de cana lá fora depende da expansão competitiva do setor sucroenergético aqui no Brasil,” ressaltou. Outra medida importante, pontuou, é estabelecer um diferencial tributário para o combustível renovável em relação aos combustíveis fósseis. “Um exemplo é a uniformização das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) cobrado sobre o etanol. Se unificássemos a cobrança em 12% em todo o Brasil, que é a tarifa cobrada em São Paulo, facilitaríamos a comercialização do produto no País,” observou. O representante-chefe da UNICA em Washington concluiu acrescentando que a definição de um marco regulatório específico no Brasil para a bioenergia, que valorize seus benefícios ambientais, sociais e econômicos, “é fundamental para o avanço do etanol na matriz energética nacional e internacional”. Fonte: ÚNICA. Por assessoria comercial, 6 de setembro de 2010.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja