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Scot Consultoria

Rendimento de carcaça: conheça os fatores que podem influenciar


Quarta-feira, 23 de março de 2016 - 05h25


A procura por produzir uma carcaça de qualidade, ideal para o mercado, está ligada ao consumidor, que busca textura, aparência e custo. Seguindo essa lógica, o natural seria que esse mesmo objetivo fosse o da cadeia produtiva na pecuária de corte, já que a qualidade e o rendimento se iniciam desde a escolha das raças, desenrola-se com o manejo alimentar e vai até o processamento nos frigoríficos. É nisso que acredita a Associação do Novilho Precoce MS, exemplo de associativismo que dá certo na pecuária, unindo produtores que comungam dessa busca por padrão de qualidade e com isso melhoram a rentabilidade do seu negócio.


No entanto, essa não é a realidade no mercado, como afirma o supervisor técnico da Associação, o médico veterinário Klauss Machareth de Souza. “Os frigoríficos recebem todos os tipos de animais e não há um padrão, pois, na hora do abate, encontram-se rendimentos bons e ruins. E onde está o erro no gargalo?”, questiona.


Segundo ele, são inúmeros os fatores externos que interferem na hora do rendimento da carcaça, tanto da porteira para fora como da porteira para dentro. Além da genética e do manejo, o veterinário chama a atenção para um ponto interessante: o padrão no final do processo na fazenda.


Ele explica que a pesagem em um dia chuvoso para um dia seco, por exemplo, somente pelo couro molhado pode dar de 15,00 kg a 20,00 kg de diferença. Além disso, se o animal beber água antes da pesagem do embarque essa diferença pode chegar até 30,00 kg. “Se uma boiada estiver mais longe que outra e logo em seguida pesar os animais, vai dar desgaste e dará diferença, com certeza. Temos casos de novilha de 400 kg que quando chega ao frigorífico é que se descobre que estava com uma prenhez de cinco meses. Ou seja, o peso real era de 350,00 kg na balança”, exemplifica.


Para identificar onde está ocorrendo a perda, a única saída indicada pelo profissional é criar um histórico de seu rebanho. “Por exemplo, quando um animal tem 500,00 kg de peso vivo e no frigorífico em 250,00 kg de peso morto, com um rendimento de 50%, o produtor não sabe explicar o que ocorreu. Se eu não meço nada da porteira para dentro não tem como saber onde está o problema da perda de qualidade que interfere no rendimento da carcaça. O maior desafio é esse: identificar o que ocorre na propriedade para depois mapear o problema e fechar a porteira”, orienta.


Para isso, segundo Machareth, é preciso ter uma rotina de pesagem na fazenda. Mas ele alerta que a ferramenta deve estar em dia, isto é, a balança deve estar bem regulada. “Infelizmente muitos pecuaristas não têm um histórico do rebanho, com rotinas de pesagem. Alegam que estressa o animal, mas se você tem estrutura com equipamentos que prezem pelo bem-estar animal e uma equipe preparada para fazer um manejo racional, isso não ocorrerá. É o primeiro passo para criar um parâmetro e saber se e onde você pode melhorar seus resultados”, acredita o técnico da Novilho Precoce.


Fonte: Rural Centro. Beckhauser, 22 de março de 2016.



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