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IPCA-15 desacelera alta a 0,92% mas tem pior janeiro desde 2003


Terça-feira, 26 de janeiro de 2016 - 05h59

A prévia da inflação oficial iniciou o ano com desaceleração, mas registrou o pior resultado para o mês de janeiro e o acumulado mais alto em 12 meses desde 2003, num momento em que o Banco Central decidiu deixar a taxa básica de juros inalterada.


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,92% em janeiro, após subir 1,18% em dezembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (22/1).


A alta acumulada do IPCA-15 em 12 meses, com isso, foi a 10,74%, acelerando ligeiramente sobre os 10,71% com que o índice fechou 2015.


Apesar do enfraquecimento na comparação mensal, a taxa foi a mais alta para meses de janeiro desde 2003 (1,98%), enquanto o acumulado de 10,74% representa o maior patamar desde novembro de 2003 (12,69%).


O resultado deixa a inflação ainda mais longe do teto da meta do governo, que é de 4,5% pelo IPCA com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos. O IPCA acumulou em 2015 alta de 10,67%, estourando o teto da meta pela primeira vez desde 2003.


Os números de janeiro do IPCA-15 ficaram em linha com as expectativas em pesquisa da Reuters.


Mesmo desacelerando em relação a dezembro, a alta dos preços de Alimentação e Bebidas foi a que exerceu a maior influência para o resultado de janeiro, com impacto de 0,42 ponto percentual após alta de 1,67% no período.


Essa foi a maior alta entre os grupos, seguida pelo avanço de 1,0% nos preços de Despesas Pessoais.


Apesar das expectativas persistentemente altas de inflação, o Banco Central decidiu na última quarta-feira (20/1) manter a taxa básica de juros em 14,25% em meio a pressões para que não mexesse na Selic devido à forte recessão econômica.


A pesquisa Focus do BC, com cerca de uma centena de economistas, aponta que a expectativa é de alta do IPCA este ano de 7,0%, desacelerando a 5,40% em 2017, quando a meta também é de 4,5% porém com tolerância de 1,5 ponto.


Fonte: Reuters. 22 de janeiro de 2016.



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