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Sem impostos de exportação agropecuária na Argentina, produtor brasileiro enfrentará maior concorrência em curto prazo


Sexta-feira, 18 de dezembro de 2015 - 05h56


Eliminar totalmente as tarifas de exportação de carne bovina (15% para 0%), trigo (23% para 0%) e milho (20% para 0%), além da redução do percentual cobrado sobre a venda de soja dos atuais 35% para 30%. Essas são as promessas do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, voltadas à reestruturação de sua economia e ao reestabelecimento de relações exteriores que andavam enfraquecidas. Para a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as medidas podem afetar os preços internacionais desses produtos no curto prazo. No entanto, em longo prazo, as ações trarão bons frutos para as relações bilaterais, a exportação brasileira e para o Brasil.


Segundo a responsável da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Alinne Oliveira, atualmente a Argentina tem US$11,40 bilhões de dólares em estoque de soja, milho e trigo. “Em um cenário de preços baixos, a retirada dos impostos incentivará a venda dos estoques e o aumento da produção argentina, consequentemente haverá maior oferta, o que pode deixar os produtos ainda mais baratos. A princípio, esse impacto será negativo para o exportador brasileiro”, observou.


No entanto, comenta Alinne Oliveira, depois do impacto inicial, as medidas adotadas por Macri serão positivas para o Brasil e o Mercosul. “A Argentina terá um melhoramento econômico, refletindo em todo o bloco. Assim, as políticas comerciais terão um melhor alinhamento e novos acordos comerciais poderão ser concluídos, abrindo outros mercados para o Brasil”, frisou. A superintendente de Relações Internacionais da CNA explica que esse fato pode equilibrar a competição e ampliar a abertura de novos mercados para o Brasil, uma vez que a Argentina é um grande importador de produtos manufaturados brasileiros.


Outro aspecto positivo, de acordo com a CNA, é o fato de Brasil e Argentina poderem se unir para conquistar grandes mercados que exigem escala de exportação como China, Rússia e Norte da África. “Tudo isso pode ocorrer se o novo presidente conseguir cumprir suas promessas eleitorais, uma vez que o congresso argentino é da era Kirchner”, finalizou Alinne Oliveira.


Fonte: CNA. 17 de dezembro de 2015.



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