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Soja não perde a majestade


Quinta-feira, 17 de dezembro de 2015 - 05h57

A soja deve continuar sendo a vedete do agronegócio na safra 2015/16, com alta produtividade e preços em bons patamares, de acordo com a última projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), divulgada na segunda-feira (14/12) à tarde.


A entidade elevou a previsão de produção da oleaginosa para 99,40 milhões de toneladas, contra 96,2 milhões de toneladas do período 2014/15, alta de 3,3%. Pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado na última sexta-feira (11/12), existe uma expectativa que a safra já plantada seja ainda maior: 101,50 milhões de toneladas, 4,7% maior que o produzido em 2015.


Apesar das chuvas frequentes durante todo o mês de novembro e início de dezembro, que atingiram este primeiro estágio das lavouras paranaenses, a expectativa até o momento é de produção recorde no estado. Segundo números divulgados pelo Departamento de Economia Rural (DERAL) da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná (SEAB), a produção pode atingir a marca de 18 milhões de toneladas, alta de 7,0% frente aos 16,90 milhões de toneladas da safra 2014/15. A área plantada também sofreu leve incremento, de 5,1 para 5,20 milhões de hectares. O estado responde atualmente por 18,0% da produção nacional de soja.


O técnico do DERAL especializado na cultura, Marcelo Garrido, explica que ainda é uma incógnita se o excesso de chuvas pode frear o recorde paranaense. "O que temos percebido é que na maioria das regiões o clima melhorou e está mais estável. É claro que existe uma possibilidade de redução do potencial produtivo, mas ainda é muito cedo para esse tipo de avaliação".


Ferrugem


Além da chuva torrencial, que pode trazer situações mais frequentes de doenças como a ferrugem asiática, outro fator que preocupa os sojicultores é a falta de luminosidade devido ao tempo fechado, o que atrapalha o desenvolvimento das plantas. "Enquanto a região Sul sofre com o excesso de umidade, no Mato Grosso, por exemplo, o problema é a falta de chuvas. Eu acredito que a seca ainda seja um evento mais preocupante, mas sem dúvida esse clima chuvoso atrapalhou os produtores", complementa Garrido.


Deste volume produzido, as cooperativas paranaenses devem receber 75,0% da produção, algo em torno de 13,5 milhões de toneladas. O gerente técnico econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (OCEPAR), Flávio Turra, explica que por enquanto a expectativa ainda é boa: espera-se uma produtividade próxima a 3.450 quilos por hectare, alta de 4,0% frente aos 3.341 quilos por hectare da safra passada. "Na prática, tivemos sim algumas preocupações com a chuva, mas acredito que não teremos perdas significativas. O controle de pragas e doenças aconteceu, na maioria das regiões, sem grandes problemas", avalia.


Fonte: Agrolink. Victor Lopes. 15 de dezembro de 2015.



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