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Scot Consultoria

FAEG orienta sobre cuidados que previnam epidemias aviárias no Brasil


Terça-feira, 20 de outubro de 2015 - 05h55

Com o intuito de discutir questões relacionadas a enfermidades que atingem a pecuária brasileira, e a assuntos de saúde pública e de controle dos riscos em toda a cadeia produtiva, buscando maneiras de assegurar a oferta de alimentos seguros, o Grupo Técnico (GT) de Sanidade Animal, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu em Brasília, na última semana. Representando os goianos, o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura de Goiás (FAEG), Maurício Velloso, aproveitou para destacar a importância dos cuidados com a influenza aviária nos criatórios do país, visto que "é impossível impedir a entrada do vírus no território brasileiro".


Segundo Velloso, entre as principais precauções estão: o manejo correto das aves mortas, a adoção de programas de limpeza e desinfecção das sobras de ração, a instalação de telas de proteção, a restrição severa a visitas, entre outros pontos.


No geral, a tônica do encontro foi a importância de se adotar medidas para obter reconhecimento de área livre da aftosa, sem vacinação, além da discussão sobre os novos protocolos para a campanha de erradicação da brucelose e tuberculose bovina, mas os perigos iminentes ao setor avícola acabaram ganhando destaque. Acompanhando Velloso, o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da FAEG, Antônio Pinto, fez questão de destacar a importância que se tenha uma atenção especial ao caso das doenças aviárias, tanto a de newcastle, quanto a influenza. No caso da segunda epidemia, a preocupação se torna ainda maior, pois, não existe nenhum tratamento caso uma granja seja infectada - e, neste caso, devem-se abater todas as aves, tendo ainda que submeter os locais dos planteis, há um período de quarentena


Maurício completa dizendo que é preciso muitos cuidados sanitários para que se tenha certeza de que não há entrada de viajantes oriundos de regiões afetadas pelo surto dessas epidemias e que eles não estejam trazendo em suas malas, roupa ou sapatos, a doença. "Temos também a questão dos contrabandos, tanto de produtos de origem avícola como de animais silvestres ou de aves exóticas. Além dos vetores mecânicos como caminhões, aviões e veículos em geral, tem ainda uma questão que eu diria ser uma das mais sérias: as aves migratórias. Então, neste exato instante os EUA vive um dos piores surtos epidêmicos de influenza aviária de sua história, com 223 focos da doença em 22 estados. É um problemão!", destacou Velloso


O presidente da Comissão, também explicou que para tentar conter esta crise, os americanos já abateram mais de 48 milhões de aves. "Nós não estamos tão longe de uma situação parecida, afinal, no fim deste mês de outubro e início de novembro começa a estação de migração de aves silvestres do hemisfério norte para o sul. Para ser mais específico, duas grandes correntes migratórias atravessam, longitudinalmente, o Brasil, onde se tem vários pontos de parada dessas aves".


Para o representante da Federação, é impossível evitar a presença do vírus da influenza aviária no território brasileiro. Ainda, segundo ele, se uma ave silvestre infectada vier através de correntes migratórias e entrar em contato com outras aves silvestres, pode assim, disseminar a doença. Contudo, Velloso explica que, mesmo que aconteça a entrada do vírus da influenza no país, é possível, necessário e urgente que se impeça a entrada do mesmo nas granjas de produção. É fundamental também que as autoridades sanitárias tenham esse conhecimento dos locais de produção", alertou Velloso.


Por enquanto não foi encontrado nenhum vírus de alta patogenicidade, mas o perigo está por vir. Conforme foi discutido no GT de Sanidade Animal, o período de migração das aves silvestres do hemisfério norte, onde se situa os EUA, para o hemisfério Sul, onde está o Brasil, começa no fim deste mês para início do outro. 


Avicultura Brasileira


O mercado avícola brasileiro tem crescido a cada ano e já chegou aos mercados mais variados do mundo. O ator principal deste sucesso é o frango, mas, aves como peru e avestruz, também têm se destacado e contribuído para diversificar e crescer o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro. O país é o segundo maior exportador de aves de corte, perdendo apenas para os Estados Unidos da América (EUA) e, atendendo mais de 150 países. É o primeiro em abate de frangos e o 2º em perus. Na área de frangos e ovos o país também é um grande fornecedor de genética, com receitas cambiais acima de US$11,00 bilhões.


A produção brasileira de carne de frango teve um rápido desenvolvimento e elevou sua posição do país, principalmente pelas condições climáticas favoráveis e pela alta tecnologia utilizada. Não se pode negar que Goiás, devido se situar no Centro-Oeste, região onde tem uma grande produção de grãos, vem crescendo no setor e recebendo novos investimentos. Além desses fatores, a alta qualidade do produto, sanidade e preço contribuíram para aperfeiçoar a produtividade no setor, sobretudo em Goiás, onde temos uma cultura avícola bem forte, onde podemos destacar a região sul e sudeste, sobretudo em Rio Verde.


Fonte: Portal do Agronegócio. 19 de outubro de 2015.



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