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Mato Grosso deve plantar mais e colher menos na safra 2015/2016


Sexta-feira, 16 de outubro de 2015 - 05h56

De acordo com as novas projeções do Imea, área a ser semeada cresce 2,7% enquanto produção deve cair 3,7%.


O estado de Mato Grosso deve colher 20,42 milhões de toneladas de milho nos 3,39 milhões de hectares a serem plantados com o cereal na safra 2015/2016, uma produtividade média de 100,2 sacas por hectare. A informação é do instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que divulgou novos números sobre a safra no estado nesta semana.


Os números do Imea apontam que os agricultores do estado vão plantar uma área 2,7% maior na safra nova. No entanto, o rendimento das lavouras deve ser 6,2% menor, resultando em um volume colhido 3,7% inferior ao registrado na safra 2014/2015. No ciclo passado, os 3,30 milhões de hectares semeados renderam 21,20 milhões de toneladas, de acordo com os cálculos do instituto.


As exportações do cereal devem atingir 14,24 milhões de toneladas. Na avaliação do Imea, os embarques serão estimulados pela manutenção do dólar em patamar elevado em relação ao real. A moeda americana valorizada torna o milho brasileiro mais competitivo em relação ao dos Estados Unidos, com o qual há maior concorrência.


"Para a temporada 2015/2016, o cenário se mantém animador no que se refere à demanda, já que a perspectiva do Bacen (Banco Central) é de que o dólar fique na casa dos R$4,00, e isso mantém a competitividade do cereal mato-grossense em alta no quadro externo", informa o instituto, em seu boletim semanal para a cultura.


Comercialização


Ainda de acordo com o relatório do Imea, a comercialização do milho disponível já atingiu 90,3% do que foi colhido na safra 2014/2015. A proporção equivale a 19,08 milhões de toneladas até o final da semana passada.


A última semana foi de preço mais alto para o cereal em Mato Grosso, apesar da baixa da moeda americana no período. O indicador do Imea registrou valorização de 1,0%, média de R$18,14 a saca de 60 quilos. A situação acabou influenciando a referência de exportação para julho de 2016. Enquanto o contrato para este vencimento na bolsa de Chicago subiu 0,5% e chegou a US$4,13 por bushel, a paridade caiu 4,9% na semana, para R$19,01 por saca.


No caso da colheita futura, as vendas já superam os 40,0% do volume a ser colhido, de acordo com as estimativas do instituto. O dólar valorizado também tem influenciado esse movimento por parte dos produtores mato-grossenses. "Entretanto, cabe ressaltar que grande parte dos insumos da safra 2015/2016 ainda nem foi adquirida, e com mais de 40,0% da sua produção futura já negociada, os riscos aumentam consideravelmente, já que o dólar pode pesar mais forte nos custos", alerta.


Fonte: Globo Rural. Por Sebastião Nascimento. 15 de outubro de 2015.



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