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Scot Consultoria

Dólar eleva preços internos de commodities agropecuárias


Segunda-feira, 28 de setembro de 2015 - 06h00

A escalada do dólar em relação ao Real tem dado grande suporte aos preços domésticos de produtos agropecuários tradicionalmente exportados. De acordo com levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, soja, milho, açúcar, algodão, carne suína e de frango são alguns dos que têm se valorizado no mercado interno em função do aquecimento das vendas para o exterior.


O trigo também é puxado pelo dólar. Neste caso, o Brasil importa cerca de metade do que consome, e as compras externas a valores maiores têm proporcionado reajustes dos preços ao produtor brasileiro mesmo neste período em que está começando a colheita de uma safra que pode ser recorde.


Mas, o câmbio eleva também os custos de produção. Insumos importados têm disparado. Nos últimos dias, conforme o Cepea, importadores (distribuidores) de fertilizantes chegam a relatar que estão sem parâmetros de preços para o mercado nacional, tamanha a variação do câmbio.


Com base nos levantamentos mensais de insumos, a equipe Cepea informa que, em agosto, o custo médio com fertilizantes e defensivos (impactados pelo dólar) da soja, por exemplo, em Mato Grosso, esteve entre 27% (Sorriso e Campos Novos do Parecis) e 41% (Primavera do Leste) superior ao de agosto do ano passado - considerando-se esses insumos a preços do respectivo mês. No Paraná, o encarecimento médio de adubos e defensivos foi de 22% em Londrina, de 32% em Cascavel e de 41% em Castro. O impacto da desvalorização mais recente do real deve começar a ser sentido nas compras, principalmente de defensivos, que ainda precisam ser feitas para a temporada de verão.


Nos grandes grupos do agronegócio, especialmente do segmento industrial, a situação é mais crítica para empresas que captaram dinheiro no exterior e não se protegeram contra as oscilações cambiais. Não são raros no setor os casos de forte abalo financeiro justamente por conta da exposição ao risco da moeda.


Fonte: Cepea. 25 de setembro de 2015.



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