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Greve de fiscais no Brasil impede desembarque de grãos em alguns destinos


Sexta-feira, 25 de setembro de 2015 - 06h00

A greve dos fiscais federais agropecuários, que entrou em seu sétimo dia nesta quarta-feira, já impede o desembarque no exterior de algumas cargas brasileiras de milho, soja e algodão que ainda não receberam um certificado fitossanitário por conta do movimento grevista, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC).


Com a paralisação, o certificado que normalmente é emitido após a saída do navio do Brasil ainda não está de posse de alguns exportadores cuja carga já chegou a países importadores.

"A consequência é terrível, o navio não pode descarregar (sem o documento). Já tem navios no destino impedidos de descarregar", afirmou à Reuters o diretor-geral da ANEC, Sérgio Mendes, que não quis revelar número de navios e os destinos especificamente.

O produto agrícola mais prejudicado pela greve é o milho, cujas exportações estão em ritmo acelerado. No caso da soja, os prejuízos são menores, uma vez que a maior parte da última safra do país já foi exportada.

O Brasil é o maior exportador global de soja e o segundo de milho.

Mendes explicou que os atrasos geram perdas devido ao pagamento do frete adicional, com o navio impedido de descarregar. Além disso, o exportador pode não receber o pagamento pela carga enquanto ela não for desembarcada.

De acordo com Mendes, os exportadores que se sentirem prejudicados podem para entrar na Justiça para exigir a emissão do documento, enquanto governo e fiscais não chegam a um acordo para colocar um fim na greve.

Ele disse que ainda é cedo para ter uma estimativa sobre os prejuízos, mas afirmou que começa a aumentar o número de pedidos de socorro dos exportadores junto à associação.

Além de cargas a granel, a greve dos fiscais também afeta exportações de carnes do Brasil e outros produtos alimentícios e manufaturados. O país é o maior exportador de carne de frango e bovina.

Com a paralisação, 7 mil contêineres com produtos de exportação e importação estavam retidos no porto de Santos, o maior do país, informou na terça-feira o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical).

De acordo com o sindicato, os contêineres são retidos, ainda que não tenham cargas de origem agropecuária, porque é necessária a inspeção de paletes e embalagens de madeira de produtos da indústria automotiva, petroquímica, química, de vestuário, eletrodomésticos, entre outros.


Fonte: Reuters. Por Roberto Samora. 24 de setembro de 2015.



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