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Scot Consultoria

Exportadoras de carnes cedem lugar às de grãos no semestre


Quarta-feira, 22 de julho de 2015 - 06h00

As exportações recordes de soja nos dois últimos meses e o avanço das vendas externas do milho em junho permitiram que as empresas ligadas às exportações de grãos reassumissem a liderança do agronegócio na balança comercial do primeiro semestre deste ano.


Elas ocupam o lugar das empresas ligadas ao setor de carnes, que lideravam as exportações do setor até o primeiro trimestre deste ano.


O avanço das exportadoras de grãos no ranking brasileiro, normal neste período do ano, ocorre devido ao aumento das vendas de soja.


O Brasil colocou o recorde de 32,2 milhões de toneladas da oleaginosa no mercado externo até junho. Do volume exportado neste ano, 19,2 milhões de toneladas ocorreram apenas em maio e junho, segundo dados da SECEX (Secretaria de Comércio Exterior).


As exportações de milho, após forte desaceleração em maio, começaram a reagir em junho, mas tomam ritmo forte mesmo a partir de agosto.


As exportações do agronegócio brasileiro ganham força em volume, mas perdem em receitas. A Bunge, por exemplo, líder na balança neste ano no setor de agronegócio, teve exportações no valor de US$2,70 bilhões de janeiro a junho, 20% menos do que em igual período de 2014.


A Cargill, segunda colocada no ranking do agronegócio, teve queda de 16% nas receitas deste ano, que caíram para US$2,34 bilhões.


No setor de carnes, a JBS mantinha liderança até o primeiro trimestre, mas caiu para o quarto lugar no semestre. Assim como as exportadoras de grãos, as de carne também estão com receitas menores, devido à redução dos preços externos.


A JBS, ao somar US$1,76 bilhão nas vendas externas de janeiro a junho -não incluem os valores da Seara-, registra queda de 20% ante igual período de 2014.


Já a BRF teve exportações no valor de US$1,50 bilhão no período, com recuo de 26%.


A queda das receitas dessas empresas ocorreu devido à desaceleração nos preços no mercado externo.


A tonelada de soja está sendo negociada com redução de 26% neste mês, ante julho de 2014. No mesmo período, a tonelada de carne de frango caiu 17%; a de bovinos, 6%, e a de suínos, 26%.


Risco menor


O mercado acredita que o risco das chuvas sobre as lavouras norte-americanas já diminuiu. Com isso, os preços da soja, do milho e do trigo negociados na Bolsa de Chicago caíram na segunda-feira (20/7).


Retomada


As exportações brasileiras de milho tomaram um ritmo mais intenso neste mês. Se for mantido o desempenho das primeiras semanas para o mês todo, as vendas externas vão superar 700 mil toneladas, 24% mais do que em julho de 2014.


Carnes


Os dados são da SECEX (Secretaria de Comercio Exterior), que também aponta pequena recuperação no volume das vendas externas de carnes.


Suína


A melhor evolução fica para a carne suína, cuja venda deste mês está 26% acima das de junho. Já as exportações de carne de frango é 1% acima neste mês, em relação a junho, quando o setor teve recorde de exportações.


Bovina


O volume de carne bovina in natura exportado neste mês vem apontando para queda de 7%, em relação a junho, conforme dados provisórios da SECEX.


Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 21 de julho de 2015.



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