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Paralisação de caminhoneiros atinge quatro estados


Sexta-feira, 24 de abril de 2015 - 08h48

Quatro estados estão com parte de suas rodovias bloqueadas pelo movimento de caminhoneiros que pede a criação de uma tabela de frete mínimo. Eles decidiram retomar os protestos após o governo informar que a proposta era inconstitucional durante reunião com representantes dos motoristas em Brasília na quarta-feira (22/4). Os bloqueios começaram à zero hora de quinta (23/4) e já atingem os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF).


No Centro-Oeste, os protestos estão concentrados na BR-163, principal via de escoamento da produção agrícola. De acordo com a PRF, pneus foram queimados no meio da pista nos municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Diamantino. Em Rondonópolis, ao Sul de Mato Grosso, também há manifestação. Os motoristas estão forçando a parada de veículos pesados que chegam às barreiras improvisadas. Alguns se recusam a aderir ao movimento. Caminhões com cargas perecíveis, ônibus e ambulâncias estão sendo liberados.


No quilômetro 243 da BR-386, em Soledade, no norte do Rio Grande do Sul, pelo menos 20 veículos de carga que tentaram passar pelo trecho bloqueado foram apedrejados ao longo desta madrugada.  De acordo com boletim da Polícia Rodoviária Federal, divulgado na manhã desta quinta-feira, 23, também há interrupções na BR-101, em Três Cachoeiras, região do litoral, na BR-470, em Veranópolis, serra gaúcha, e na BR-285, em Ijuí, no norte.


Em Santa Catarina, caminhoneiros chegaram a bloquear uma rodovia em São Miguel do Oeste, mas foram impedidos pela PRF, porém continuam mobilizados nas margens da estrada.


No Paraná, a Polícia Rodoviária Federal confirmou mobilizações com bloqueios parciais na BR-376, em Marialva, norte do Estado, e na BR-277, em Medianeira, região oeste.


No Mato Grosso, caminhoneiros bloqueiam duas rodovias. Na BR-163, em Lucas do Rio Verde, o quilômetro 688 foi interditado no início da madrugada. Às 7h, ainda na BR-163, houve novos bloqueios em Nova Mutum, no quilômetro 598, e em Diamantino, nos quilômetros 614 e 615. Na BR-364, em Rondonópolis, os quilômetros 200 e 206 estão bloqueados desde às 6h30.


O tráfego de veículos na manhã desta quinta-feira nas principais rodovias paulistas é normal, segundo as concessionárias que administram as estradas e o Departamento de Estradas e Rodagem do Estado (DER-SP). Não há registro de paralisações de caminhoneiros nas vias de ligação entre o capital e o interior paulista e entre a região e outros estados. Principal via de ligação de São Paulo, o sistema Anhanguera-Bandeirantes tinha apenas registro de lentidão na chegada à capital paulista, mas por conta do trânsito lento nas marginais, segundo a Autoban, que administra o trecho.


Pedido


A tabela com preço mínimo do frete rodoviário era a principal reivindicação dos motoristas, que alegam estar no prejuízo com a queda na demanda pelo serviço. Eles também pedem rolamento das dívidas contraídas nos últimos anos com a compra de veículos novos. O governo argumenta que há fundamentos jurídicos que inviabilizam a proposta da categoria.


A paralisação dos caminhoneiros, ao final de fevereiro e início de março, chegou a durar mais de dez dias, comprometendo fluxo de mercadorias em todo o Brasil. No o agronegócio, granjas registraram prejuízos com a morte de milhares de animais, que ficaram sem ração. Além disso, produtores de leite tiveram de se desfazer do produto coletado e que não foi enviado para as indústrias. Houve também atraso em carregamentos de navios nos portos.


Fonte: Estadão Conteúdo. Por Cassiano Ribeiro. 23 de abril de 2015.



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