A inflação anual da avicultura, segundo o IBGE

Enquanto a inflação evolui acima das melhores (ou das piores?) previsões, os produtos da avicultura - frango e ovo - continuam apresentando uma evolução de preços que os mantêm "abaixo do teto da meta estabelecida pelo governo" (6,5%).

Nos 12 meses encerrados em março de 2015, a inflação medida pelo IBGE através do IPCA acumulou variação de 8,13%, índice muito similar ao apresentado pelos alimentos e bebidas que, em conjunto apresentaram variação de 8,19%.

Pois a variação anual apresentada por aves e ovos ficou em 5,21%, isso significando que a avicultura continua não contribuindo para a inflação galopante que assola o País. Como sempre, aliás.

Porém, verdade seja dita, o baixo índice registrado por aves e ovos só foi alcançado graças ao frango (inteiro ou em pedaços). Porque o ovo (de galinha, como explicita o IBGE) acumula, nacionalmente, uma variação média de 9,10%, índice superior aos 8,13% alcançados pelo IPCA.

É bom esclarecer, de toda forma, que esse alto índice de variação (média ponderada resultante da coleta de preços em 12 capitais brasileiras - Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Goiânia, Vitória e Campo Grande - mais Distrito Federal) sofreu a influência de algumas praças específicas - como Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Curitiba, Vitória e Campo Grande. Ou seja: em boa parte delas a variação anual ficou próxima ou até aquém do IPCA, havendo casos (Porto Alegre e Recife) de variação negativa no ano.

Registre-se e ressalte-se que os incrementos de preço observados ocorreram no varejo das cidades pesquisadas, ao nível do consumidor. Com resultados que, sem dúvida, são diferentes daqueles vistos ao nível do produtor.

Em São Paulo, por exemplo, o preço recebido pelo produtor de frangos apresentou variação anual de apenas 1,42%, enquanto o preço pago pelo ovo - que aumentou 15,22% no varejo paulistano - teve uma queda de 5,21%.

Fonte: Avisite. 9 de abril de 2015.