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IMEA recomenda “aproveitar” alta da soja em Mato Grosso


Quarta-feira, 1 de abril de 2015 - 08h29

Diante da valorização do dólar, o produtor de soja de Mato Grosso deve fazer as contas e aproveitar a alta nas cotações da oleaginosa. É o que recomenda o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) em boletim divulgado nesta semana. Com a colheita da safra 2014/15 na reta final, a moeda americana fortalecida tem sido a principal variável não apenas da rentabilidade no atual ciclo, mas também do cálculo dos custos para a temporada 2015/16.


"O atual cenário da safra de soja mato-grossense 2015/16 parece indicar altas receitas, mas os altos custos reduzem a margem de lucro, deixando a safra com um alto risco. Assim, o produtor deve revisar seus gastos e aproveitar a alta nas cotações", diz o IMEA.


Comparativo feito pelo instituto mostra que as paridades de exportação de soja para a safra 2015/16 estão bem maiores do que era registrado para a atual. Isso diante de um dólar bem mais valorizado, na casa dos R$3,20 agora contra uma cotação em torno dos R$2,30 no ano passado. Um cenário reforçado pela expectativa de frete rodoviário mais barato para o ano que vem.


De outro lado, a valorização da moeda americana pressiona os custos de produção. Neste momento, de acordo com o IMEA, a taxa de câmbio está bem acima da paridade de troca de soja por insumo. Mas isso não significa uma relação confortável para o produtor na próxima safra. "Apesar da alta taxa de câmbio impulsionar a paridade para patamares elevados, ainda assim, não está compensando o aumento sobre o custo dos insumos", diz o relatório.


Preços


Na semana passada, o preço da soja em Mato Grosso ficou próximo da estabilidade, apontando uma baixa de 0,03%. A média do estado calculada pelo IMEA foi de R$55,69 a saca de 60 quilos. O movimento foi contrário ao registrado no contrato de maio de 2015 na Bolsa de Chicago, que subiu 1,5% e chegou a US$9,77 por bushel.


"O preço da soja no mercado interno apresentou movimentação praticamente nula na semana passada. Apesar da alta registrada na CBOT, a queda do dólar atuou como contrapeso", diz o boletim. A moeda americana caiu 2,2% na semana passada e chegou a R$3,19.


O relatório mostra mais uma semana de maior pressão do frete sobre os custos da atual safra. Com uma elevação de 0,21 ponto percentual, o transporte passou a equivaler 32,6% do valor do grão. Nesta mesma época no ano passado, essa relação estava em 34,3%.


Fonte: Globo Rural. 31 de março de 2015.



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