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Banco Central reduz para 11,0% estimativa de expansão do crédito em 2015


Quinta-feira, 26 de março de 2015 - 08h51

O Banco Central (BC) reduziu de 12,0% para 11,0% a projeção de crescimento do estoque das operações de crédito para 2015.


O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, informou sobre a mudança na previsão hoje (25/3), em entrevista para comentar o comportamento do crédito em fevereiro.


Segundo dados da autoridade monetária, no mês passado as operações de crédito somaram R$ 3,03 trilhões, crescendo 0,5% em relação a janeiro e 11,0% no período de 12 meses.


Segundo Tulio Maciel, os motivos para a redução são as percepções quanto à atividade econômica e à demanda por crédito. Há algum tempo, o BC vem destacando que a expansão do crédito tende à moderação no país. O crédito encerrou o ano passado com crescimento de 11,3%. A autoridade monetária previa alta de 12,0%.


A previsão para expansão do crédito livre, modalidade em que os bancos podem emprestar livremente os recursos, também foi reduzida, de 7,0% para 6,0%.


Já as projeções para evolução do crédito direcionado, modalidade em que os empréstimos seguem regras estabelecidas pelo governo, foi mantida em 16,0%.


Em 2014, o crescimento dessa modalidade foi 19,6%. "Há uma desaceleração, que já está sendo observada", destacou Tulio Maciel.


Ele também divulgou previsões para o estoque das carteiras de crédito dos bancos públicos e privados. Para os primeiros, está mantida estimativa de expansão de 14,0%, contra crescimento de 16,7% no fim de 2014.


Para os bancos privados nacionais, a projeção de alta caiu de 9,0% para 7,0%. No caso dos bancos privados estrangeiros, foi mantida em 7,0%.


O chefe do Departamento Econômico do BC comentou ainda o crescimento nas taxas de juros para pessoas físicas, que atingiram 54,3% ao ano em fevereiro, maior patamar desde o início da série histórica do BC, em março de 2011.


Segundo ele, o movimento "reflete o próprio aumento da taxa Selic (taxa básica de juros da economia, que está em 12,8% ao ano)".


Tulio Maciel ponderou, no entanto, que a série histórica que serve como base de comparação é nova, pois desde o mês passado o BC mudou a metodologia de cálculo.


 "Temos essa série mais curta. Obviamente, já tivemos episódios com taxas de juros maiores do que essa. Na séria antiga, em 2005, a taxa chegou a mais de 60,0%", comentou.


Uma das principais mudanças na metodologia para cálculo dos dados sobre crédito e juros foi a incorporação das taxas do cartão de crédito, que antes não eram consideradas.


Fonte: Brasil Econômico. 25 de março de 2015.



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