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Scot Consultoria

Dólar fecha acima de R$2,92 pela 1ª vez em mais de dez anos


Quarta-feira, 4 de março de 2015 - 08h11

O dólar fechou acima de R$2,92 pela primeira vez em mais de dez anos nesta terça, dia 3, reagindo a persistentes preocupações com os fundamentos da economia brasileira e com investidores testando a tolerância do Banco Central ao fortalecimento da moeda norte-americana.


Na reta final da sessão, a moeda norte-americana ampliou os ganhos, em meio a especulações sobre a lista preparada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com os políticos envolvidos na operação Lava-Jato a ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).


A divisa dos Estados Unidos subiu 1,14%, a R$2,928 na venda, a máxima da sessão e o maior nível de fechamento desde 2 de setembro de 2004, quando foi a R$2,940. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$1,4 bilhão.


Segundo o operador da corretora Correparti João Paulo de Gracia Correa, qualquer "alívio sobre o real tende a ser pontual, já que a situação econômica e política do Brasil gera muita insegurança entre os investidores locais e estrangeiros, com potencial de uma reversão de trajetória e volatilidade nos mercados internos".


Investidores têm mostrado menor apetite por ativos brasileiros diante da perspectiva de que, mesmo se o ajuste for bem-sucedido em resgatar a credibilidade da política fiscal, a inflação no Brasil deve fechar 2015 acima de 7,0% e o país deve mostrar contração econômica.


O escândalo de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava-Jato também contribuiu para o menor apetite por ativos brasileiros.


Ibovespa


O principal índice da Bovespa quebrou uma série de quatro pregões em queda e fechou em alta nesta terça-feira, sustentado pelos ganhos de Petrobras, após a estatal aprovar um plano de aumento nos desinvestimentos até 2016.


O Ibovespa fechou em alta de 0,56%, a 51.305 pontos. O volume financeiro, contudo, ficou abaixo da média do ano e somou R$5,3 bilhões, ante uma média diária próxima de R$ 7 bilhões no ano.


A estatal informou na véspera que pretende desinvestir US$ 13,7 bilhões entre 2015 e 2016, um forte corte ante o plano de negócios 2014-2018, que previa desinvestimentos de até US$11,0 bilhões ao longo de cinco anos.


Fonte: Reuters. 3 de março de 2015.



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