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Rabobank vê maior consolidação do setor de lácteos no Brasil


Quinta-feira, 15 de janeiro de 2015 - 08h54

Os recentes investimentos e transações das companhias de lácteos no Brasil sugerem uma maior consolidação do setor no futuro, avalia o Rabobank. Em relatório, o banco destaca que a concentração do mercado do leite no país é baixa na comparação com outros países da América Latina.


Enquanto as dez maiores companhias brasileiras do setor detêm uma participação de 33,0% no mercado nacional, nos demais países da região esse porcentual supera os 60,0%. A diferença, segundo a instituição, faz do Brasil um mercado estratégico.


"Negócios recentes no mercado brasileiro - incluindo a aquisição das operações de lácteos da BRF pela Lactalis, a reestruturação e venda de diversos ativos da LBR, bem como a aquisição de 50,0% da Itambé pela Vigor - sinalizam um aumento gradual na consolidação", explica o analista André Padilla. Segundo ele, as pequenas e médias empresas do setor enfrentam dificuldades para aumentar suas margens e competir com grandes companhias, o que deve abrir espaço para que empresas como Lactalis, Nestlé, Vigor e Danone aumentem suas fatias de mercado.


O banco, no entanto, destaca que o aumento de capital (não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina) demandará mais garantias do poder público. "Se a região espera um maior investimento global no setor de laticínios, o setor público precisa fazer mais para garantir melhores condições para projetos", diz Padilla.


Segundo o Rabobank, a América Latina respondeu apenas por 3,0% das transações do setor de laticínios nos últimos sete anos. O total aplicado pelas principais companhias internacionais contrasta com o crescimento das vendas de leites e derivados na região. Em 2014, as vendas dos países latino-americanos somaram US$76,0 bilhões, ficando atrás apenas dos mercados emergentes da Ásia, que alcançaram US$80,0 bilhões.


Além da expansão do consumo de produtos lácteos em toda a região, o banco espera ainda que a desvalorização cambial ajude a atrair mais recursos para o setor no Brasil. Com um real mais fraco, a expectativa é de que os investimentos em dólar fiquem mais atrativos.


Fonte: Estadão Conteúdo. 14 de janeiro de 2015.



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