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Anfavea foi contra aumentar mistura de etanol, diz UNICA


Quinta-feira, 4 de dezembro de 2014 - 08h54

O diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, afirmou na quarta-feira (3/12) que o aumento da mistura do etanol anidro à gasolina de 25,0% para 27,5% só não foi autorizado pelo governo por pressão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).


Segundo ele, na reunião para discutir o assunto, nesta semana, da qual participaram as duas entidades e o governo, a Anfavea informou que não havia uma definição técnica sobre o impacto do aumento da mistura em carros importados e sinalizou que 27,5% de etanol na gasolina poderia prejudicar bicos injetores e bombas de combustíveis nesses veículos. "A Anfavea foi contra o aumento da mistura, por essa questão do impacto em carro importado e ameaçou responsabilizar o governo caso houvesse a necessidade de recall (futuro) nos veículos", disse Padua.


O executivo explicou que a entidade deve fazer testes em 11 veículos importados até o final de janeiro e que uma nova reunião para discutir o aumento da mistura está programada para dia 2 de fevereiro de 2015. "Dentro do processo natural, aumento de mistura só deve ocorrer em 1º de março", disse, salientando que a UNICA defende o aumento imediato do porcentual do anidro à gasolina.


Procurada, a Anfavea informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o presidente da entidade, Luiz Moan, deve se manifestar sobre esse assunto nesta quinta-feira (4/12) durante divulgação dos dados mensais do desempenho do setor automotivo, que deve ocorrer em São Paulo.


CIDE


Outro pleito do setor de etanol para aumentar a competitividade do etanol, o retorno da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre a gasolina, ocorrerá, segundo Padua, "não por conta das vantagens do etanol, mas porque o Tesouro está falido e precisa tributar", disse.


Para o diretor da UNICA, o governo ainda estaria inseguro em retomar a cobrança da CIDE, de até R$0,28 por litro da gasolina, por conta da queda do preço do petróleo. "O governo pode até ter insegurança em aumentar preço da gasolina na bomba, mas não tem alternativa a não ser acontecer esse aumento. Desde outubro do ano passado o Ministério da Fazenda sinaliza que precisa melhorar a arrecadação", disse. Padua afirmou ainda que certamente os R$0,28 por litro de gasolina não serão aplicados de uma vez só e que o retorno da Cide deve mesmo ser gradual.


Fonte: Estadão Conteúdo. 3 de dezembro de 2014.



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