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Unificação de metodologias de levantamentos de safra entre países é discutida em Brasília


Quinta-feira, 6 de novembro de 2014 - 09h35

Os países que fazem parte da Organização de Informações de Mercado das Américas (OIMA) querem unificar as metodologias de levantamento dos números de safras. O objetivo é evitar que números divergentes prejudiquem os produtores no mercado internacional.


Representantes dos 33 países que fazem parte da OIMA vão estar reunidos até sexta-feira (7/11( em Brasília (DF). O grupo trata as informações como sobrevivência, principalmente dos países que mais dependem da agricultura e da pecuária.


- É fundamental entender que agricultura, não somente no Brasil, mas em todos os países das Américas, é um setor chave qualquer que seja a estratégia de desenvolvimento. Desse ponto de vista, consideramos fundamental a aliança entre o setor da agropecuária e o setor urbano, e a partir dessas considerações, com trabalho nas cadeias produtivas, o acesso às informações é fundamental - afirma Manuel Rodolfo Otero, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura.


O presidente da entidade é o americano Terry Long, que está buscando a transparência na troca de informações sobre produção das diversas culturas. Um fator determinante para que todos os países possam implementar as políticas agrícolas corretamente.


- O grande desafio é enfrentar as diferentes circunstâncias dos países, como Brasil, Canadá e Estados Unidos. Passar informação, ter o mesmo nível de desenvolvimento e estar alinhado são as maiores dificuldades - diz o presidente da OIMA.


O Brasil quer aproveitar a disposição dos Estados Unidos para a abertura das informações, para cruzar as metodologias de levantamento de safras e evitar o que aconteceu no ano passado com o café, por exemplo. Quando o Departamento norte-americano de Agricultura divulgou antecipadamente que a produção brasileira de café chegaria a 56 milhões de sacas, mas o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontava uma safra bem menor, entre 44 e 46 milhões de sacas, o que mexeu com todo o mercado.


- Isso gerou uma queda nas cotações do produto, o governo teve que agir lançando contrato de opções para acalmar o setor e os próprios preços, mas na sequência ficou comprovado que os nossos números estavam corretos, tanto é que não precisamos exercer o contrato de opção para nenhuma saca - relembra o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos.


De acordo com o ministro da Agricultura, Neri Geller, internamente no Brasil, os diferentes institutos de pesquisas já estão interagindo mais, para cruzar os dados e dar maior segurança ao mercado.


- Hoje, nós temos a CONAB, o IBGE e institutos, em Mato Grosso tem o IMEA, em São Paulo tem a ESALQ, e são informações que acabam se cruzando. Essa discussão é para equilibrar, pegar os dados e essas informações serem convergentes, para ter segurança e transparência - coloca Geller.


Fonte: Canal Rural. 5 de novembro de 2014.



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