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FAO: aumento recente das carnes continua restrito à carne bovina


Quinta-feira, 23 de outubro de 2014 - 08h40

Embora o índice de preços das carnes venha apresentando aumento contínuo desde março passado, a realidade é que, nos últimos meses, esse incremento vem sendo determinado exclusivamente pela carne bovina.


Dessa forma, embora ainda valorizadas em relação ao preço alcançado no início do corrente exercício, no terceiro trimestre de 2014 as carnes suína e de frango acabaram alijadas desse processo, pois seu preço voltou a decrescer.


Mas não só. Porque, por exemplo, em setembro último a carne de frango voltou a ser negociada no mercado internacional por valor inferior ao alcançado dois anos atrás, em setembro de 2012. Além disso, a cotação alcançada no mês permanece 8,7% aquém do recorde registrado em abril de 2013.


Sob esse aspecto, a situação da carne suína é um pouco melhor, pois, mesmo em retrocesso, seus preços mais recentes superam o que foi registrado entre setembro de 2012 e abril de 2014.


Porém, seu comportamento atual é totalmente oposto ao observado nos quatro meses decorridos entre março e junho de 2014, período em que a carne suína experimentou valorização de quase 25,0%.


Uma das possíveis explicações para o marasmo atual, segundo a FAO, é a superação da escassez de produto enfrentada a partir do surto de Diarreia Epidêmica Suína (PED, na sigla em inglês) nos EUA. Outra explicação é a incerteza criada no mercado internacional a partir do momento (agosto de 2014) em que a Rússia decidiu fechar suas fronteiras ao produto de diversos grandes fornecedores.


A carne bovina também passa por esse mesmo desafio. Mas pelo menos até o mês passado não deu mostras de ser negativamente influenciada por esta ou aquela medida política. Pelo contrário, a cada mês registra novo recorde. A ponto de, em setembro, registrar valor 32,0% superior ao de setembro de 2012 (nesse espaço de tempo, a carne de frango registra desvalorização de 1,6%).


Escassez de produto é a explicação natural para essa valorização. Que, ao contrário do sugerido pela FAO, tende a prosseguir pelo próximo exercício ou, eventualmente, por muitos anos. Pois, a despeito dos esforços desenvolvidos, as muitas restrições enfrentadas dificultam expandir a produção de carne bovina, cuja demanda cresce com a melhora da renda da população mundial. O resultado é a crescente e contínua valorização do produto.


Fonte: Avisite. 22 de outubro de 2014.



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