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Scot Consultoria

Falta de mão de obra qualificada dificulta expansão da inseminação artificial no Brasil


Quinta-feira, 11 de setembro de 2014 - 09h01

Dados da ASBIA mostram que pouco mais 10,0% das matrizes dos rebanhos são inseminadas, número pequeno em comparação com países como Holanda e Estados Unidos, onde mais de 90,0% das matrizes provêm da técnica.


O mercado de inseminação artificial movimenta mais de R$400,0 milhões por ano. Embora a técnica seja a principal ferramenta para promover o melhoramento genético nos rebanhos brasileiros, somente 10,0% das matrizes são inseminadas no Brasil.


A falta de mão de obra qualificada tem sido a principal dificuldade enfrentada pelos pecuaristas.


O produtor Jonhann Schicht tem 150 vacas em lactação com média diária de produção de 3.500 litros de leite. O índice de prenhêz na última estação de monta foi de 45,0%. Para melhorar a eficiência reprodutiva do rebanho, ele decidiu investir em cursos de capacitação de mão de obra.


- Contratamos pessoas relativamente jovens e treinamos elas primeiro aqui na fazenda. O gerente da fazenda é agrônomo e veterinário e realiza o treinamento do dia a dia; além disso, nós também mandamos os funcionários para o curso.


O kit completo com matérias para inseminação custa, em média, R$2,0 mil. Já o curso de capacitação de mão de obra sai R$350,0, investimento que garante maior produtividade e retorno econômico ao produtor.


- O curso de inseminação artificial é dividido em duas etapas, a teórica e a prática. Normalmente, o curso é realizado em cinco dias, tempo suficiente para a pessoa aprender a técnica, que é muito simples - explica o instrutor técnico Antônio Trajano.


O último levantamento feito pela ASBIA, em março deste ano, mostra que o mercado de inseminação cresceu 5,5%. O Rio Grande do Sul é o Estado que possui o maior número de vacas inseminadas, cerca de 50%. Já na pecuária de corte, Mato Grosso do Sul lidera, com 17,0% do rebanho. A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), técnica muito utilizada em rebanhos de corte, cresceu 80 vezes nos últimos 10 anos, número que poderia ter sido ainda maior.


- O brasileiro precisa adquirir mais essa cultura de tecnificar, e a inseminação artificial é uma tecnologia. Outra questão é a falta de incentivo, nós não temos políticas de incentivo para a melhoria do rebanho em termos genéticos. A gente não tem incentivo por parte das indústrias, tanto de laticínio como de frigoríficos, para produzir um animal de melhor qualidade - destaca o diretor da ASBIA, Tiago Carrara.


Fonte: Canal Rural. 10 de setembro de 2014.



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